Ishvara e Yeshua

O nome pelo qual Jesus é identificado nos manuscritos tibetanos é Isa (“Senhor”), expresso por Notovitch como Issa. Isa (Isha) ou, por extensão, Ishvara, define Deus como o Senhor Supremo ou Criador imanente em Sua criação e transcendente a ela. Este é o verdadeiro caráter da consciência universal de Cristo/ Krishna, Kutasha Chaitanya, encarnada em Jesus, Krishna e outras almas unidas a Deus, que desfrutam de unidade com a onipresença do Senhor. É minha convicção que o título Isa foi conferido a Jesus, por ocasião do seu nascimento, pelos Sábios da Índia que vieram honrar Sua vinda à Terra.

A história antiga relata que Jesus tornou-se versado em todosos Vedas e shastras. Mas ele discordou de alguns preceitos da ortodoxia brâmane. Denunciou abertamente suas práticas de intolerância de castas, muitos dos rituais sacerdotais e a ênfase na adoração de vários deuses em forma de ídolos em vez da reverência exclusiva ao Espírito Supremo único, a pura essência monoteísta do Hinduismo, que havia sido obscurecida por conceitos ritualistas externos.

Nota: (…) Maria e José receberam instruções de um anjo no sentido de que a criança divina deveria se chamar Yeshua, “salvador” (em grego, lêsous; em ingles, Jesus ” (…)  A palavra hebraica Yeshua é uma contração de Yehoshua, (Javé, o Criador) é salvação”. Entretanto, o idioma de uso diário para Jesus companheiros galileus não era o hebraico, mas o dialeto aramaico, no qua nome teria sido pronunciado “Eshu”. Assim. curiosamente nome profetizado para Jesus pelo anjo, e dado a ele por sua família, era notavelmente semelhante ao antigo nome sânscrito conferido pelos Sábios do Oriente. Além das semelhanças fonéticas, há uma unidade subjacente de significado das palavras Isha e Yeshua – os dois títulos concedidos àquele venerado por milhões como “Senhor e Salvador”. (Nota da Editora).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 95-96.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Gnosticismo

“(…) o pensamento de qualquer conexão entre os ensinamentos de Jesus e a Índia torna-se menos extravagante não apenas pelos pergaminhos das cavernas de Qumran (os chamados pergaminhos do Mar Morto), mas especialmente pelo novo achado de muitos livros cristãos gnósticos (em Nag Hammadi) no Egito. (…) A primeira parte (e várias outras partes) do Evangelho de João -‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (…)’ – é puro gnosticismo. O misticismo gnóstico chegara aos judeus, vindo do Oriente, da India, Pérsia e Babilônia; o gnosticismo tinha atraído os judeus durante o cativeiro deles na Babilônia, e eles o trouxeram consigo no retorno à sua terra.

“Para que não subestimemos o gnosticismo pelo fato de seus termos, símbolos e vocabulário diferirem muito dos nossos, deve-se esclarecer que o gnosticismo representou o cristianismo egípcio durante os duzentos anos em que os líderes da nova fé elaboraram sua teologia. Ele foi gradualmente banido pelo cristianismo católico ortodoxo, e seus livros foram queimados. Do mesmo modo, o essenismo era a forma original do cristianismo palestino. (…) Em Qumran e em Chenoboskion [Nag Hammadi], ficaram escondidas durante séculos as grandes bibliotecas dessas formas primitivas do cristianismo, que agora, de modo tão súbito e dramático, nos foram restituídas. O essenismo e o gnosticismo eram muito semelhantes: se restar dúvida, leia-se o Evangelho canônico de João, especialmente o primeiro capítulo, onde se encontram o essenismo e o gnosticismo, mesclados e sublimados no cristianismo que nos é mais familiar. ”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 95.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Viagem de Jesus à Índia

Roerich escreve: “Sempre há os que adoram negar desdenhosamente quando algo difícil entra na sua consciência (…) [Mas de que modo poderia uma invenção recente penetrar consciência de todo o Oriente?”

Roerich observa: “As pessoas dessas localidades nada sabem da publicação de um livro (isto é, o livro de Notovitch), mas conhecem a história e falam de Issa com profunda reverência”.

(…)Conforme os manuscritos tibetanos, não foi muito depois disso que Jesus deixou sua casa a fim de evitar os planos para seu noivado, à medida que alcançava a maturidade – o que correspondia aos 13 anos de idade para um menino israelita daquela época. 

“Issa ausentou-se secretamente da casa de seu pai; deixou Jerusalém e, numa caravana de mercadores, viajou para o Sindh, com o objetivo de aperfeiçoar-se no conhecimento da Palavra de Deus e no estudo das leis dos grandes budas.”

Nota: “Com base na arqueologia, na fotografia por satélite, na metalurgia e na matemática antiga, fica agora claro que existiu uma grande civilização – talvez uma eminente civilização espiritual – antes do surgimento do Egito, da Suméria e do Vale do Indo. A sede desse mundo antigo era a região localizada entre o Indo e o Ganges – a terra dos arianos védicos.”

(…) citando o ilustre cientista e explorador Barão Alexander Von Humboldt, fundador do estudo sistemático das antigas culturas da América, que estava convicto da origem asiática das avançadas civilizações pré-colombianas do Novo Mundo: “Se os idiomas fornecem apenas frágil evidência de uma antiga comunicação entre os dois mundos, sua comunicação é plenamente comprovada pelas cosmogonias, os monumentos, os caracteres hieroglíficos e as instituições dos povos da América e da Asia.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 92-94.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Os Anos Desconhecidos na Índia

“No Novo Testamento, uma cortina de silêncio desce sobre a vida
de Jesus após seus 12 anos, para erguer-se novamente apenas dezoito anos mais tarde, na oportunidade em que ele recebe o batismo de João e começa a pregar às multidões. Ouvimos apenas:

E crescia Jesus em sabedoria, em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Lucas 2:52

Que os contemporâneos de um personagem tão extraordinário nada tenham encontrado digno de nota desde a infância de Jesus até seus trinta anos é por si só surpreendente.

(…) Registros preciosos encontram-se ocultos em um monastério tibetano. Eles se referem ao Santo Issa de Israel, “em quem estava manifestada a alma do universo”; que, dos 14 aos 28 anos, ele permaneceu na Índia e regiões do Himalaia, entre santos, monges e sábios; que pregou sua mensagem naquela região e então retornou para ensinar em sua terra natal, onde foi tratado de forma vil, sentenciado e condenado à morte.

(…)

(…) esses antigos registros foram descobertos e copiados por um viajante russo, Nicholas Notovitch. Durante suas viagens pela Índia em 1887, Notovitch deleitava-se com as maravilhas dos estimulantes e acentuados contrastes da antiga civilização indiana (…) ele ouviu histórias sobre Santo Issa, cujos detalhes não lhe deixaram dúvidas de que Issa e Jesus Cristo eram a mesma pessoa. (…) alguns monastérios tibetanos continham um registro dos anos da permanência de Issa na Índia, no Nepal e no Tibete.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 90-91.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Índia

Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia

Antigos registros de um mosteiro tibetano;

Viagem de Jesus à Índia, o berço da religião;

Ciclos de progresso e decadência na manifestação exterior da religião;

Todas as crônicas sobre a vida de Jesus foram tingidas pela perspectiva cultural de seus autores;

Os ensinamentos do Jesus oriental foram demasiadamente ocidentalizados;

Cristianismo oriental e ocidental: os ensinamentos internos e externos;

A verdade é a religião definitiva: afiliação sectária tem pouco significado;

Jesus conhecia seu destino divino e foi para a Índia a fim de prerar-se para cumpri-lo (…) pois a India especializou-se na religião desde tempos imemoriais.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 89.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Bebendo do Mesmo Cálice

Enquanto ele me olhava, o Santo Graal surgiu junto à sua boca e desceu até meus lábios: em seguida, voltou a Jesus. Depois de alguns momentos de silenciosa comunhão extática, ele me disse: “Tu bebes do mesmo cálice que eu”.

Curvei-me, então, diante dele. Eu estava imensamente feliz por receber o testemunho de suas bênçãos, de sua presença. Exatamente as mesmas palavras que me disse nessa visão ele também dissera a Tomé, embora eu nunca as tenha lido.”

Nota: As palavras de Jesus estão registradas no não-canônico Evangelho de Tomé, sentença 13:
“Comparai-me e dizei-me com quem me pareço.

“Simão Pedro respondeu-lhe: ‘Tu és como um anjo justo’.

“Mateus lhe disse: ‘Tu és como um filósofo sábio’.

“Disse-lhe Tomé: ‘Mestre, minha boca é totalmente incapaz de dizer-te com quem te pareces’.

“Jesus lhe disse: “Já não sou teu Mestre, porque bebeste da fonte borbulhante que te ofereci, e te inebriaste’.”

Em outro trecho do Evangelho de Tomé (sentença 108), Jesus declara: “Aquele que beber de minha boca se tornará como eu, e eu mesmo me tornarei como ele, e as coisas ocultas lhe serão reveladas”.

Fragmentos desse Evangelho foram descobertos no final do século 19, mas o Evangelho completo, incluindo o trecho citado acim, só foi descoberto em 1945. Ele era, parte de uma coleção de manuscritos coptas do século 2 encontrados durante escavações em Nag Hammadi, no Egito, e traduzido para o inglês em 1955. (Paramahansa Yogananda deixou seu corpo em 1952.) Entretanto, foi em 1937 que Paramahansaji fez a afirmação acima de que as palavras ditas por Jesus a ele transmitiam a mesma mensagem das palavras de Jesus a Tomé. (Nota da Editora).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXX.

Parte: Introdução.

Espírito Santo

“No mundo cristão, poucos compreenderam a promessa de Jesus de que, depois que tivesse partido, ele enviaria o Espírito Santo. O Espírito Santo é o invisível e sagrado poder vibratório de Deus, que sustenta ativamente o universo: o Verbo ou Om [Aum], a Vibração Cósmica, o Grande Consolador, o Salvador de todas as tristezas. Na Vibração Cósmica do Espírito Santo está o Cristo onipresente, o Filho ou a Consciência de Deus imanente na criação. O método para entrar em contato com essa Vibração Cósmica, o Espírito Santo, vem sendo difundido pela primeira vez, em âmbito mundial, por meio das técnicas definidas de meditação da ciência de Kriya Yoga. Pela bênção da comunhão com o Espírito Santo, a taça da consciência humana se expande para receber o oceano da Consciência Crística.

Assim, Cristo surgirá uma segunda vez na consciência de todo praticante dedicado que alcance maestria sobre a técnica do contato com o Espírito Santo – o indescritivelmente bem-aventurado doador de consolo no Espírito. Aqueles que têm ouvidos espirituais para ouvir, que ouçam: a promessa de Jesus Cristo de enviar o Espírito Santo (…)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXVII.

Parte: Introdução.

Jesus Cristo Está Muito Vivo

“Quando um mestre liberto dissolve seu corpo no Espírito e ainda assim se manifesta em forma visível para devotos receptivos (tal como Jesus apareceu ao longo dos séculos que se seguiram à sua partida – para São Francisco, Santa Teresa e muitos outros no Oriente e Ocidente), isto significa que ele continua a ter um papel a desempenhar no destino do mundo. Mesmo quando os mestres completaram seu papel específico para o qual se encarnaram em forma f´ísica, é divinamente ordenado a alguns deles cuidar do bem-estar da humanidade e ajudara dirigir o seu progresso.

Jesus Cristo está muito vivo e ativo nos dias de hoje.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXV.

Parte: Introdução.

A ética, a Psicologia e a Metafísica

“A ética – a verdade das escrituras aplicada à vida materia- expõe a ciência do dever humano, as leis morais e o comportamento correto.

A psicologia – a verdade aplicada ao bem-estar mental – ensina a pessoa a se analisar, pois nenhum progresso espiritual é possível sem introspecção e autoanálise, com as quais a pessoa se dedica a descobrir o que ela é, de forma a poder se corrigir, tornando-se o que deveria ser.

A metafísica – verdades pertinentes à dimensão espiritual da vida – explica a natureza divina e a ciência do conhecimento de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXII.

Parte: Introdução.