Influência Espiritual na Escolha da Mensagem

“(…) com a paciência evangélica, sabe ajudar aos outros para que os outros se ajudem (…)

Enquanto Gabriel se postava ao lado da médium, aplicando-lhe passes de longo circuito, como a prepará-la com segurança para as atividades da noite, o condutor da reunião pronunciou sentida prece.

Em seguida, foi lido um texto edificante de livro doutrinário, acompanhado por breve anotação evangélica, em cuja escolha preponderou a influência de Gabriel sobre o orientador da casa.

Da leitura global distinguia-se a paciência por tema vivo. E, realmente, a assembleia, examinada no todo mostrava-se flagelada de problemas inquietantes, reclamando a chave da conformação para alcançar o reequilíbrio.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Merecimento pela Causa do Bem

“(…) Na cabeça, dentre os cabelos grisalhos, salientava-se pequeno funil de luz, à maneira de delicado adorno.”

(…) É um aparelho magnético ultra-sensível com que a médium vive em constante contacto com o responsável pela obra espiritual que por ela se realiza. Pelo tempo de atividade na Causa do Bem e pelos sacrifícios a que se consagrou, Ambrosina recebeu do Plano Superior um mandato de serviço mediúnico, merecendo, por isso, a responsabilidade de mais intima associação com o instrutor que lhe preside às tarefas. Havendo crescido em influência, viu-se assoberbada por solicitações de múltiplos matizes. Inspirando fé e esperança a quantos se lhe aproximam do sacerdócio de fraternidade e compreensão, é, naturalmente, assediada pelos mais desconcertantes apelos.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Apoio das Forças Benevolentes

“A frente, na parte oposta à entrada, vários benfeitores espirituais conferenciavam entre si e, junto deles, respeitável senhora ouvia, prestimosa, diversos pacientes. (Ambrosina)

Apresentava-se a matrona revestida por extenso halo de irradiações opalinas, e, por mais que projeções de substância sombria a buscassem, através das requisições dos sofredores que a ela se dirigiam, conservava a própria aura sempre lúcida, sem que as emissões de fluidos enfermiços lhe pudessem atingir o campo de forças.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Proteção Magnética

“Esses casos, porém, constituíam exceção, porque em maioria o séquito de irmãos desencarnados se formava de gente agoniada e enferma, tão necessitada de socorro fraterno como os doentes e aflitos que passavam a acompanhar.

Entramos.

Grande mesa, ao centro de vasta sala, encontrava-se rodeada de largo cordão luminoso, de isolamento.

Em derredor, reservava-se ampla área, onde se acomodavam quantos careciam de assistência, encarnados ou não, área essa que se mostrava igualmente protegida por faixas de defesa magnética, sob o cuidado cauteloso de guardas pertencentes à nossa esfera de ação.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Separação dos Espíritos Trevosos

“Muita gente ia e vinha.

Desencarnados, em grande cópia, congregavam-se no recinto e fora dele. Vigilantes de nosso plano estendiam-se, atenciosos, impedindo o acesso de Espíritos impenitentes ou escarnecedores.

Variados grupos de pessoas ganhavam ingresso à intimidade da casa, mas no pórtico experimentavam a separação de certos Espíritos que as seguiam, Espíritos que não eram simples curiosos ou sofredores, mas blasfemadores e renitentes no mal.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Mediunidade com Base na Fraternidade

“– Contudo, podemos qualificá-lo como médium? – perguntou meu companheiro algo desapontado.

– Como não? – respondeu Áulus, convicto.

– É médium de abençoados valores humanos, mormente no socorro aos enfermos, no qual incorpora as correntes mentais dos gênios do bem, consagrados ao amor pelos sofredores da Terra.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Amparo Espiritual sem Dogmas

“– Oh! – inquiriu Hilário, curioso – quem será aquele homem tão bem acompanhado?

Áulus sorriu e esclareceu:

– Nem tudo é energia viciada no caminho comum. Deve ser um médico em alguma tarefa salvacionista.

– Mas, é espírita?

– Com todo o respeito que devemos ao Espiritismo, é imperioso lembrar que a Bênção do Senhor pode descer sobre qualquer expressão religiosa – afirmou o orientador com expressivo olhar de tolerância. – Deve ser, antes de tudo, um profissional humanitário e generoso que por seus hábitos de ajudar ao próximo se fez credor do auxílio que recebe.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Amparo por Propósitos Iguais

“(…)passou por nós uma ambulância, (…)  ao lado do condutor, sentava-se um homem de grisalhos cabelos a lhe emoldurarem a fisionomia simpática e preocupada.

Junto dele, porém, abraçando-o com naturalidade e doçura, uma entidade em roupagem lirial lhe envolvia a cabeça em suaves e calmantes irradiações de prateada luz.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Atraímos o que Pensamos

“(…) “Faculdades medianímicas e cooperação do mundo espiritual surgem por toda parte. Onde há pensamento, há correntes mentais e onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí concluímos quanto à necessidade de vida nobre, a fim de atrairmos pensamentos que nos enobreçam.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.

Desejos Similares

“A dupla em trabalho não nos registrou a presença.

– Neste instante – anunciou Áulus, atencioso –, nosso irmão desconhecido é hábil médium psicógrafo. Tem as células do pensamento integralmente controladas pelo infeliz cultivador de crueldade sob a nossa vista. Imanta-se-lhe à imaginação e lhe assimila as ideias, atendendo-lhe aos propósitos escusos, através dos princípios da indução magnética, de vez que o rapaz, desejando produzir páginas escabrosas, encontrou quem lhe fortaleça a mente e o ajude nesse mister.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 135-143.