“A sexta parábola é sobre o Céu e a Terra e a situação dos elementos, e temos aqui um mito cosmogônico. A parábola descreve o nascimento de todo o cosmo. Psicologicamente, descreve aquilo que os alquimistas chamam de união do mundo cósmico, o que significa ir além do microcosmo do ser humano e estar aberto para a própria vida, em si mesma estar relacionado com a vida em seu todo, mediante a observação do processo de sincronicidade. Até a mais elevada e mais importante ocupação ligada ao desenvolvimento interior de uma pessoa tem uma qualidade narcisista, e assim tem de ser. Durante algum tempo, a pessoa tem de estar encerrada no recipiente e cuidar de seus próprios assuntos e, em certa medida, não se abrir para a vida durante esse período; isso é inevitável e necessário. Mas no estado agora descrito, toda a natureza do cosmo volta a ser incluída e isso é a relação com Deus.”
VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia, Uma introdução ao simbolismo e seu significado na psicologia de Carl G. Jung, Ed. Cultrix 2022, Pág 437.
9a Palestra | Aurora Consurgens