Sexualidade e Líbido

“Aquilo a que Schopenhauer chamou de Vontade e apresentou como o motivador primordial da atividade e do pensamento humanos, Freud preferiu chamar-lhe libido. Com essa escolha de terminologia, ele enfatizou o elemento sensual, de busca de prazer, na natureza humana. A alma, para Freud, está essencialmente restrita e condicionada pela energia sexual. A palavra latina libido é perfeitamente adequada para esse fim, por causa da sua convicção de que a pulsão sexual está na base da vida psíquica e é a fonte primária do movimento da psique.”

“Sustentava Freud a tese de que a sexualidade é o motivador principal da maioria, senão de todos os processos mentais e comportamentos. A libido é a corrente elétrica que faz girar, vibrar e roncar a máquina humana, mesmo que as atividades específicas a que uma pessoa se dedica, como tocar violino ou contar dinheiro, nada pareçam ter de particularmente sexual.”

“Em última análise, Freud quis mostrar que todas as manifestações da energia psíquica na vida individual e coletiva podem ser atribuídas, pelo menos numa parte significativa, à pulsão sexual e às suas sublimações ou repressões.”

“Sob o forte impacto da personalidade de Freud”, escreveria Jung muitos anos depois em sua autobiografia, “eu tinha, até onde me fora possível, posto de lado as minhas próprias opiniões e reprimido as minhas críticas. Era essa a indispensável condição prévia para colaborar com ele.”

 

Stein, Murray. Jung, O Mapa da Alma – Uma introdução. Ed. Cultrix, 2020, Local Kindle 1528-1562.

3.Energia Psíquica (Sexualidade e Líbido)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gostei e vejo sentido em compartlhar essa ideiA

Facebook
Twitter
Pinterest

QUER MAIS?