“Clarêncio, que se apoiava num cajado de substância luminosa, deteve-se à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas.
TATEANDO UM PONTO DA MURALHA, FEZ-SE LONGA ABERTURA, através da qual penetramos, silenciosos.”

“Branda claridade inundava ali todas as coisas. Ao longe, gracioso foco de luz dava a ideia de um pôr do sol em tardes primaveris.
A medida que avançávamos, conseguia identificar preciosas construções, situadas em extensos jardins.”

“– Estamos nas esferas espirituais vizinhas da Terra,
e o Sol que nos ilumina neste momento é o mesmo que nos vivificava o corpo físico. Aqui, entretanto, nossa percepção visual é muito mais rica. A estrela que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres é mais preciosa e bela do que a supomos quando no círculo carnal. Nosso Sol é a divina matriz da vida e a claridade que irradia provém do Autor da Criação.”

“A essa altura, serviram-me caldo reconfortante,
seguido de água muito fresca, que me pareceu
PORTADORA DE FLUIDOS DIVINOS.
Aquela reduzida porção de líquido reanimava-me inesperadamente. Não saberia dizer que espécie de sopa era aquela; se alimentação sedativa, se remédio salutar. Novas energias amparavam-me a alma, profundas comoções vibravam-me no espírito.”

“É chegado o crepúsculo em “Nosso Lar”.
Em todos os núcleos desta colônia de trabalho, consagrada
ao Cristo, há ligação direta com as preces da Governadoria.”

“Mal terminara a explicação, as setenta e duas figuras começaram a cantar harmonioso hino, repleto de indefinível beleza. A fisionomia de Clarêncio, no CÍRCULO DOS VENERÁVEIS COMPANHEIROS,
figurou-se-me tocada de mais intensa luz.”

“(…) desenhou-se ao longe, em plano elevado,
UM CORAÇÃO MARAVILHOSAMENTE AZUL,
COM ESTRIAS DOURADAS.
Cariciosa música, em seguida, respondia aos louvores, procedente talvez de esferas distantes. Foi aí que abundante chuva de flores azuis se derramou sobre nós; mas, se fixávamos os miosótis celestiais, não conseguíamos detê-los nas mãos.”

XAVIER, Francisco Cândido / André Luiz. Nosso Lar. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944. Edição Kindle.

CAPÍTULO 3 | A ORAÇÃO COLETIVA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gostei e vejo sentido em compartlhar essa ideiA

Facebook
Twitter
Pinterest

QUER MAIS?

Eu não sabia explicar a grande atração pela visita ao departamento feminino das Câmaras de

Leia mais

O caso Tobias impressionara-me profundamente. Aquela casa, alicerçada em princípios novos de união fraterna, preocupava-me

Leia mais