“— Pois note — esclareceu Lísias —, sua mãe o tem ajudado dia e noite, desde a crise que antecipou sua vinda. Quando se acamou para abandonar o casulo terrestre, duplicou-se o interesse maternal a seu respeito. Talvez não saiba ainda que sua permanência nas esferas inferiores durou mais de oito anos consecutivos. ELA JAMAIS DESANIMOU. INTERCEDEU, MUITAS VEZES, EM NOSSO LAR, A SEU FAVOR. Rogou os bons ofícios de Clarêncio, que começou a visitá-lo frequentemente, até que o médico da Terra, vaidoso, se afastasse um tanto, a fim de surgir o filho dos céus. Compreendeu?

Não sabe que há chuvas que destroem e chuvas que criam? Lágrimas há também assim. É lógico que o Senhor não espere por nossas rogativas para nos amar; no entanto, é indispensável nos colocarmos em determinada posição receptiva, a fim de compreender-lhe a infinita bondade. Um espelho enfuscado não reflete a luz. Desse modo, o Pai não precisa de nossas penitências, mas convenhamos que as penitências prestam ótimos serviços a nós mesmos.”

 

XAVIER, Francisco Cândido / André Luiz. Nosso Lar. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944. Edição Kindle.

CAPÍTULO 7 | EXPLICAÇÕES DE LÍSIAS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gostei e vejo sentido em compartlhar essa ideiA

Facebook
Twitter
Pinterest

QUER MAIS?

O servidor fez um gesto de escrúpulo e explicou: — Segundo as ordens que nos

Leia mais

Ainda não voltara a mim da profunda surpresa, quando Salústio se aproximou, informando a Narcisa:

Leia mais