E, enquanto mal dissimulava o desapontamento,
Silveira, sorrindo, chamava-me à realidade:

— Tem visitado o “velho”?

Aquela pergunta, a evidenciar espontâneo
carinho, aumentava o meu pejo.

Narcisa: Não estranhe o fato. Vi-me, há
tempos, nas mesmas condições. Já tive a felicidade de encontrar por aqui o maior número das pessoas que ofendi no mundo. Sei, hoje,
que isso é uma bênção do Senhor, que nos renova a oportunidade de restabelecer a simpatia interrompida, recompondo os elos quebrados
da corrente espiritual.

Silveira, comovidíssimo, não me deixou terminar:

— Ora, André, quem haverá isento de faltas? Acaso, poderia você acreditar que vivi isento de erros? Além disso, seu pai foi meu verdadeiro instrutor. Devemos-lhe, meus filhos e eu, abençoadas lições de esforço pessoal. SEM AQUELA ATITUDE ENÉRGICA QUE NOS SUBTRAIU AS POSSIBILIDADES MATERIAIS, QUE SERIA DE NÓS NO TOCANTE AO PROGRESSO DO ESPÍRITO? Renovamos, aqui, todos os velhos conceitos da vida humana. Nossos adversários não são propriamente inimigos, e sim benfeitores. Não se entregue a lembranças tristes. Trabalhemos com o Senhor, reconhecendo o infinito da vida.

XAVIER, Francisco Cândido / André Luiz. Nosso Lar. 1. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944. Edição Kindle.

CAPÍTULO 35 | ENCONTRO SINGULAR

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QUER MAIS?

Ainda não voltara a mim da profunda surpresa, quando Salústio se aproximou, informando a Narcisa:

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— Calma, Francisco — pedia a companheira dos infortunados —, você vai libertar-se, ganhar muita

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