“Eu devo ir para onde a pena voar”

“(…) existe sempre uma nota curta, explicativa para o fato de soprar uma pena, que é uma forma de decidir a direção a seguir e é um costume comum de muitas cidades medievais. Não se sabendo aonde ir, ou estando perdido numa encruzilhada, e não tendo nenhum plano, então, o costume era apanhar uma pena, assoprá-la e caminhar para a direção que o vento a levasse. Esta era uma espécie de oráculo pelo qual as pessoas se guiavam. Existem muitas histórias medievais e mesmo expressões folclóricas, que se referem a isso, como, por exemplo: “Eu devo ir para onde a pena voar”.

Ele não é um herói no sentido próprio da palavra. Ele é ajudado o tempo inteiro pelo elemento feminino, que resolve todos problemas para ele, e realiza todas as tarefas exigidas, tais como tecer o tapete, encontrar o anel e pular através da argola. A história termina com um casamento união equilibrada dos princípios feminino e masculino. Em resumo, a estrutura geral da hitória indica a existência de um problema, que é uma atitude masculina dominante, uma situação que omite o elemento feminino, e toda a trama mostra como esse elemento feminino é trazido à luz e restaurado.”

FRANZ, Marie-Louise von. A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus, 2022, pág. 70-71.

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