“Vemos também que os símbolos arquetípicos combinam-se no indivíduo seguindo uma estrutura de totalidade, e que é possível que uma compreensão adequada desses símbolos tenha efeito terapêutico.
(…) Jung dedicou a vida a essas pesquisas e a esse trabalho de interpretação; e, evidentemente, este livro esboça apenas uma parte infinitesimal da sua întensa atuação nesse novo campo de descobertas psicológicas, Foi um pioneiro que se conservou absolutamente consciente de que muitas questões continuam sem resposta e pedem investigações adicionais. Por isso, seus conceitos e hipóteses são concebidos numa base extremamente ampla (sem torná-los demasiada mente vagos e generalizados) e suas opiniões formam um “sistema aberto” que não cerra nenhuma porta a possíveis novas descobertas. Para Jung, seus conceitos eram simples instrumentos ou hipóteses heurísticas destinados a facilitar a exploração da vasta e nova área da realidade a que tivemos acesso com a descoberta do inconsciente descoberta que não só alargou nossa visão total do mundo, mas, na verdade, a duplicou. Devemos sempre, agora, indagar se um fenômeno mental é consciente ou inconsciente e também se um fenômeno exterior “real” é percebido por meios conscientes ou inconscientes.
As poderosas forças do inconsciente manifestam-se não apenas no material clínico. mas também no mitológico, no religioso, no artístico e em todas as outras atividades culturais por meio das quais o homem se expressa.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 420.
Conclusão
M. L. von Franz