“Em contraste com o impacto dos instintos sobre a psique – quando uma pessoa sente ser impelida por uma necessidade física – a influência dos arquétipos leva ao arrebatamento com ideias e visões grandiosas. Ambos afetam dinamicamente o ego de um modo semelhante, na medida em que, de uma forma ou de outra, ele é dominado, possuído e levado a agir.
“Dominada por um arquétipo, a função intelectual pode ser usada para racionalizar a ideia arquetípica e encaminhá-la para a realização. É possível até vir a ser um teólogo! Quando dominados por ideias arquetípicas, os teólogos produzirão elaboradas justificações para ajudar a integrar num contexto cultural suas visões e ideias de base arquetípica. Mas não é a função intelectual que os empolga e motiva seus esforços; é, pelo contrário, o elemento de visão, arquetipicamente radicado em naus, que dirige a função intelectual. Jung diz sem rodeios que “o conteúdo essencial de todas as mitologias, de todas as religiões e de todos os ismas é arquetipico”.
Stein, Murray. Jung, O Mapa da Alma – Uma introdução. Ed. Cultrix, 2020, Local Kindle 2557-2578.
4.As Fronteiras da Psique (Instintos)