A relação médico-doente

“Isso nos leva à questão da análise praticada por analistas não médicos. Minha opinião é de que os não médicos devem poder estudar e também exercer a psicoterapia, se bem que, quando se trata de psicoses latentes, possam facilmente se perder. Por esse motivo, recomendo que os leigos habilitados trabalhem como analistas, mas somente sob o controle de um médico especialista. Quando têm alguma dúvida, devem aconselhar-se com ele.

Entretanto, sempre constatei que os leigos que se ocuparam de psicoterapia durante anos, e que passaram, eles próprios, por uma análise, têm conhecimentos e eficácia. Por outro lado, raros médicos praticam a psicoterapia. A profissão exige uma formação muito longa e profunda e uma cultura geral que pouquíssimos possuem.

A relação médico-doente, principalmente quando intervém uma transferência do doente ou uma identificação mais ou menos inconsciente entre médico e doente, pode conduzir ocasionalmente a fenômenos de natureza parapsicológica. Muitas vezes me ocorreu esta experiência.

Às vezes, as mulheres que não amam verdadeiramente os maridos sentem ciúmes e destroem as amizades deles. Querem os maridos sem admitir partilha, justamente porque não lhes pertencem. O núcleo de todo ciúme é a falta de amor.”

 

JUNG, Carl Gustav. Memórias, sonhos, reflexões. Ed. Nova Fronteira, 2019, Local Kindle 2612-2623.

Atividade Psiquiátrica

Gostei e vejo sentido em compartlhar essa ideiA

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