“Assim, as visões surgem, Assim, os sonhos partem; E a triste realidade, Agora deve fazer sua parte.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 201.
“Assim, as visões surgem, Assim, os sonhos partem; E a triste realidade, Agora deve fazer sua parte.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 201.
“Como gostaria de ser como vós, ó fadas!” Disse o jovem, “livre de preocupações, sem necessidade de alimento. Mas o que sois vós?”
“Somos raios de luar, as crianças de Diana,” disse uma delas, “Somos as filhas da Lua. Nascemos da luz brilhante; quando a Lua lança um raio, este então toma a forma de uma fada.”
“E tu és um de nós, pois nasceste quando a Lua, nossa mãe Diana, estava cheia; sim, nosso irmão, nosso parente, pertences a nosso bando.”
“E quando estiveres com fome ou em miséria … e não houver dinheiro em teu bolso, então pense na Lua, em Diana, de quem nasceste; e repita estas palavras:
VERSÃO TRADUZIDA
“Lua minha, Bela Lua! Mais que qualquer estrela; És sempre bela! Dá-me a boa fortuna!”
VERSÃO ORIGINAL
“Luna mia, bella Luna! Più di una altra stella; Tu sei sempre bella! Portatemi la buona fortuna!”
E então, se tiveres dinheiro em teu bolso, este será duas vezes multiplicado. Pois as crianças nascidas em noite de lua cheia são filhos e filhas da Lua, especialmente quando é domingo e a maré está alta:
“Alta marea, luna piena, sai, grande uomo sicuro tu sarei.”
“Maré alta, lua cheia, grande homens serás.”
Então o jovem, que tinha somente um paolo (cinco centavos romanos) em seu bolso, tocou-o e disse:
VERSÃO TRADUZIDA
“Lua minha, Bela Lua, Minha sempre bela Lua!”
VERSÃO ORIGINAL
Luna mia, bella Luna, Mia sempre bella Luna!”
E o jovem, desejando fazer dinheiro, comprou e vendeu, fazendo assim o dinheiro dobrar a cada mês.
Tendo o tempo passado, num certo dia ele não vendeu nada, e assim, nada fez. Então uma noite ele disse para a Lua:
VERSÃO TRADUZIDA
“Lua minha, Bela Lua! Que amo mais que qualquer outra estrela! Diga-me a que fui fadado Para que nada eu tenho ganhado?”
VERSÃO ORIGINAL
“Luna mia, Luna bella! Che io amo più di altra stella! Dimmi perche e fatato Che io gnente (niente) ho guadagnato?”
Então apareceu um pequeno e brilhante elfo, que disse:
“Não deves esperar Mais do que ajuda, Quando bem trabalhas. Não darei mais dinheiro, Somente ajuda, meu caro.”
“Tu non devi aspettare Altro che l’aiutare, Quando fai ben lavorare. Io non daro mai denaro Ma l’aiuto, mio caro!”
O jovem assim descobriu que a Lua, como Deus e as Fortunas, fazem o máximo por aqueles que fazem o máximo por si mesmos.
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 160-162.
“Havia certa feita um pobre garoto, sem pai nem mãe, mas que era muito bondoso.
Certa noite, ele estava sentado num local solitário, mas de grande beleza, e lá avistou mil pequenas fadas, de brilho cândido, dançando sob a luz da Lua Cheia.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 159.
“Pois em cada mulher pulsa o coração de uma bruxa.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 153.
“Pois na verdade ambos os sexos são progressivos, e o progresso, neste ponto, não significa um conflito entre os princípios masculino e feminino, como o que forma a base do Mahabarata, mas sim uma conscientização gradual da verdadeira habilidade e ajustę das relações e da coordenação de forças.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 152.
“Em todas as outras Escrituras, de todas as raças, é o macho, Jeová, Buda ou Brahma, quem cria o universo; na Magia das Bruxas, a mulher é o princípio primitivo. Sempre que há um período histórico de rebelião intelectual radical contra o conservadorismo estabelecido, a hierarquia e coisas do gênero, há sempre um esforço para tratar da mulher como potencialmente igual, o que vale dizer, o sexo superior. Assim, na extraordinária guerra dos elementos conflitantes, estranhas escolas de magia, Neoplatonismo, Cabala, cristianismo hermético, gnosticismo, magia persa e no dualismo, com os resíduos das antigas teologias grega e egípcia nos séculos III e IV em Alexandria, e na Casa de Luz no Cairo do Século IX, a igualdade da Mulher era uma proeminente doutrina. Terá então sido Sofia ou Helena, a alforriada, o verdadeiro Cristo destinado a salvar a humanidade.”
“N.T.: Sofia, a Mãe da Sabedoria, é conhecida pelos gnósticos como a geradora do deus do Antigo Testamento, e a mesma, foi quem interveio contra a destruição que ele causava tornando-a a primeira intercessora dos homens e mulheres humanos.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 150.
“(…) mostrou que desconhecia por completo o fato fundamental de que notas e acordes, compassos e melodias eram, no fundo, ideias e pensamentos. Assim, diz-se que Confúcio compôs uma melodia que era uma descrição pessoal dele próprio.(…)”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 149.
“Essas sacerdotisas persas ficavam nuas durante esse rito, sendo a nudez um símbolo da verdade e da sinceridade. O apagar das luzes, a nudez e as orgias eram tidas como representações do sepultamento de um corpo, o plantio de uma semente, ou da passagem às trevas e à morte, para possibilitar o renascimento em novas formas, ou a regeneração e a luz. Era o livrar-se da rotina diária.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, pág. 147.
“A conjuração do trigo ou do pão, o qual representa literalmente nosso corpo, além de contribuir para a formação do mesmo, e que é ainda profundamente sagrado por ter surgido da terra, onde se ocultam segredos ocultos e maravilhosos, lança aparentemente uma nova luz sobre o sacramento cristão. É uma espécie de ressurreição da terra, e foi assim utilizada nos Mistérios e na Santa Ceia, enquanto que o grão pertencia aos segredos ctônicos, ou àquilo que jazia em escuridão sob a terra. Assim, até mesmo as minhocas são invocadas pela bruxaria moderna como familiares dos mistérios obscuros, e a gaita do pastor, usada na obtenção do poder órfico, deve permanecer por três dias enterrada. Sendo assim, tudo na bruxaria era, e ainda é, uma espécie de poesia selvagem baseada em símbolos, que se fundem uma à outra, luz e treva, vagalumes e grãos, vida e morte.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 146.
“Foi durante a chamada Idade das Trevas, ou da queda do Império Romano até o século treze, que a crença de que tudo de ruim no homem devia sua origem somente aos monstruosos abusos e à tirania da Igreja e do Estado. Assim então, a cada mudança na vida, a maior parte das pessoas se deparavam com dificuldades, e com palpável iniquidade e injustiça, sem nenhuma lei para defender os fracos que não tinham patrões.
A percepção disto levou um grande número de descontentes à rebelião, mas, uma vez que não podiam vencer em luta aberta, eles canalizaram seu ódio na forma de uma anarquia secreta que era, contudo, intimamente mesclada à superstição e a fragmentos da antiga tradição.”
LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág. 142.