Paralíticos curados

“Contava o próprio rapaz que, estando diante do túmulo do glorioso santo, apareceu-lhe um jovem vestido com o hábito dos frades. Estava em cima do sepulcro e tinha algumas peras nas mãos. Chamou o menino e lhe ofereceu uma pera, animando-o para se levantar. O menino pegou a pera de suas mãos e disse: “Sou aleijado e não posso me levantar”. Mas comeu a pera e começou a estender a mão para outra que o jovem lhe oferecia. Este insistiu em que se levantasse, mas o menino, preso pela doença, não se moveu. Então o moço deu-lhe a pera mas tomou-lhe a mão estendida. Levou-o para fora e desapareceu de seus olhos. Vendo-se curado e incólume, o menino começou a gritar em alta voz, contando a todos o que lhe acontecera.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1845.

TERCEIRO LIVRO

Milagres de São Francisco | Paralíticos curados

A santidade deste homem

“A santidade deste homem – dizem – não precisa do testemunho dos milagres, pois nós mesmos a vimos com nossos olhos, tocamos com nossas mãos e comprovamos sua verdade”. Todos se comovem, aplaudem, choram lágrimas carregadas de paz.

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1763.

TERCEIRO LIVRO

Sobre a canonização

Brilhava nele uma representação da cruz

“Se o testemunho não fosse tão evidente, mal poderiam acreditar. Brilhava nele uma representação da cruz e da paixão do Cordeiro imaculado, que lavou os crimes do mundo, parecendo que tinha sido tirado havia pouco da cruz, com as mãos e os pés atravessados pelos cravos e o lado como que ferido por uma lança. Contemplavam sua pele, escura em vida, brilhando de alvura, e confirmando por sua beleza o prêmio da bem-aventurada ressurreição. Viam seu rosto como o de um anjo, como se estivesse vivo e não morto, e seus membros tinham adquirido a flexibilidade e a contextura de uma criança. Seus nervos não se contraíram, como acontece com os mortos. A pele não se endureceu e os membros não se enrijeceram, mas dobravam para onde se quisesse.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1581..

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 9- Lamentação dos frades e sua alegria ao lhe descobrirem os sinais da cruz.

A alma do pai santíssimo

“Um de seus irmãos e discípulos, não pouco famoso, cujo nome acho melhor calar agora, porque enquanto viveu na carne não quis gloriar- se desse fato, viu a alma do pai santíssimo subindo diretamente para o céu, acima das grandes águas. Era como uma estrela do tamanho da lua e com toda a claridade do sol, levada por uma nuvenzinha branca.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1557.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 8- Suas últimas palavras, desejos e atos.

Chamado pelo Senhor

“De fato, quando o bem-aventurado Francisco e Frei Elias moravam juntos em Foligno, certa noite apareceu em sonho a Frei Elias um sacerdote vestido de branco, de idade muito avançada e aspecto venerável, e disse: “Levanta-te, irmão, e diz a Frei Francisco que já se passaram dezoito anos desde que renunciou ao mundo e aderiu a Cristo. Permanecerá só mais dois anos nesta vida e depois, chamado pelo Senhor, seguirá o caminho de toda carne mortal”. Era o que estava acontecendo, para que a seu tempo fosse realizada a palavra de Deus, anunciada com tal antecedência.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1536.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 8- Suas últimas palavras, desejos e atos.

Fazia mal contar tudo a todos

“Sabia por experiência como fazia mal contar tudo a todos e que não pode ser homem espiritual quem não possui em seu coração outros segredos, mais profundos do que os que podem ser lidos no rosto e julgados por qualquer pessoa.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1357.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 3- Aparição do Serafim crucificado.

O significado da visão

“Tentava descobrir o significado da visão e seu espírito estava muito ansioso para compreender o seu sentido. Estava nessa situação, com a inteligência sem entender coisa alguma e o coração avassalado pela visão extraordinária, quando começaram a aparecer-lhe nas mãos e nos pés as marcas dos quatro cravos, do jeito que as vira pouco antes no crucificado.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1333.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 3- Aparição do Serafim crucificado.

Simplicidade e devoção

“E para poder levar a termo perfeito o que tinha começado com simplicidade e devoção, suplicou a Deus que lhe indicasse o que era mais oportuno fazer logo que abrisse o livro pela primeira vez.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1305.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 2- O maior desejo de São Francisco.

Doçura e suavidade

“Doçura e suavidade, que a tão poucos são dadas mas que a ele tinham sido infundidas do alto, arrancavam-no de si mesmo e lhe davam tanto prazer que desejava de qualquer maneira passar de uma vez para o lugar onde uma parte dele já estava vivendo.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1298.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 2- O maior desejo de São Francisco.

Contemplação no retiro

“Certa ocasião, o bem-aventurado e venerável pai São Francisco afastou-se das multidões que todos os dias acorriam cheias de devoção para vê-lo e ouvi-lo e procurou um lugar calmo, secreto e solitário para poder se entregar a Deus e limpar o pó que pudesse ter adquirido no contato com as pessoas. Costumava dividir o tempo que tinha recebido para merecer a graça de Deus e, conforme a oportunidade, consagrar uma parte ao auxílio do próximo e outra à contemplação no retiro.

Passado algum tempo nesse lugar e tendo conseguido, por uma oração contínua e uma contemplação frequente, uma inefável familiaridade com Deus, teve vontade de saber o que o Rei eterno mais queria ou podia querer dele. Buscava com afã e desejava com devoção saber de que modo, por que caminho e com que desejos poderia aderir com maior perfeição ao Senhor Deus segundo a inspiração e o beneplácito de sua vontade.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 1283-1290.

SEGUNDO LIVRO

Capítulo 2- O maior desejo de São Francisco.