“(…)tornar-se-á neurótico quem quiser fazer as duas coisas ao mesmo tempo: seguir sua meta individual e adaptar-se à coletividade.
(…)
Aquele que, impelido por seu daimon, ousa ultrapassar as fronteiras desse estado intermediário marcado pela pertinência a uma coletividade penetra, por assim dizer, no “inexplorado para sempre inexplorável”, onde não há mais caminhos seguros que o guiem nem abrigos que estendam sobre ele um teto protetor. Nessa região, não há mais leis, no caso de uma situação inesperada, como, por exemplo, um conflito de deveres, que não se pode resolver à força.
(…)
Nada aumenta mais a tomada de consciência do que a confrontação interior com os fatores opostos.”
JUNG, Carl Gustav. Memórias, sonhos, reflexões. Ed. Nova Fronteira, 2019, Local Kindle 6181-6199.
Últimos pensamentos II