“Em todas as culturas o labirinto significa uma representação confusa e intrincada do universo da consciência matriarcal; esse universo só pode ser transposto por aqueles que estão prontos para fazer uma iniciação especial ao misterioso mundo do inconsciente coletivo.) Tendo vencido esse obstáculo, Teseu salva Ariadne – uma donzela em perigo.
(…)
O homem conquistou essa promessa de segurança pessoal por meio do seu contato com o autêntico arquétipo do herói, e descobriu uma nova atitude, cooperativa e social, em relação ao grupo. Seguiu-se, naturalmente, uma sensação de rejuvenescimento. Ele se aproximara da fonte interior de energia que o arquétipo do herói representa; esclarecera e desenvolvera a porção dele mesmo que, no sonho, estava simbolizada por uma mulher; e por meio do ato heroico praticado pelo seu ego libertara-se da mãe.
(…) o ego, quando age como herói, é sempre um condutor de cultura, muito mais que um exibicionista egocentrico.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 162-163.
II Os Mitos antigos e o homem moderno
Joseph L. Henderson