“Meu trabalho de análise com Henry durou nove meses. Tivemos 35 sessões, durante as quais ele contou-me cinquenta sonhos. Uma análise de duração tão curta é muito rara. Só se torna possível quando sonhos carregados de energia, como os de Henry. aceleram o processo evolutivo. Naturalmente, do ponto de vista junguiano, não há uma regra geral do tempo necessário para o sucesso da análise. Tudo depende da capacidade do indivíduo de tomar consciência das ocorrências interiores e do material apresentado pelo seu inconsciente.
No processo de análise precisamos sempre estar conscientes do quanto os símbolos oníricos podem ter um valor explosivo para o paciente. O analista nunca será cuidadoso e reservado o bastante. Se uma luz excessivamente forte for lançada sobre a linguagem onírica dos símbolos, o sonhador pode ser levado a um estado de ansiedade e, como mecanismo de defesa, à racionalização. Ou então não consegue mais assimilar esses símbolos e entra em séria crise psíquica.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 374-375.
V Símbolos em uma análise individual
Jolande Jacobi