“O seu primeiro estudo importante foi uma dissertação sobre transes mediúnicos e os surpreendentes relatos de sua jovem prima, Helene Preiswerk, sobre personagens mortos desde há muito tempo. Foi uma investigação psicológica da relação entre estados normais e paranormais de consciência.”
“Como o arquétipo per se é psicoide e não se encontra rigorosamente dentro dos limites fixados pelas fronteiras da psique, serve de ponte entre os mundos interior e exterior, e decompõe a dicotomia sujeito/objeto.
Em última instância, essa curiosidade acerca de fronteiras levou Jung a formular uma teoria que procura articular um único sistema unificado que abrange matéria e espírito e lança uma ponte entre tempo e eternidade. É a teoria da sincronicidade. Extensão da teoria do si-mesmo à cosmologia, a sincronicidade fala da profunda e oculta ordem e unidade entre tudo o que existe. Essa teoria também revela Jung o metafísico, uma identidade que ele frequentemente negou.”
Stein, Murray. Jung, O Mapa da Alma – Uma introdução. Ed. Cultrix, 2020, Local Kindle 4776-4786.
9. Do tempo e eternidade (sincronicidade)