Mandala

“MANDALA (sânscrito) — Círculo mágico. Na obra de C.G. Jung, símbolo do centro, da meta, e do si mesmo, enquanto totalidade psíquica; autorrepresentação de um processo psíquico de centralização da personalidade, produção de um centro novo desta última. A mandala exprime-se, simbolicamente, por um círculo, um quadrado ou um quatérnio, num dispositivo simétrico do número quatro e de seus múltiplos. No lamaísmo e na ioga tântrica, a mandala é um instrumento de contemplação (iantra), lugar de nascimento dos deuses. Mandala perturbada: toda forma derivada e desviada do círculo, do quadrado ou da cruz de braços iguais e cujo número de base é diferente de quatro ou de seus múltiplos.

C.G. Jung: “Mandala significa círculo, e mais especialmente, círculo mágico. As mandalas não se difundiram só em todo o Oriente, mas também existem entre nós; foram representadas abundantemente na Idade Média. São numerosas no início da Idade Média no mundo cristão: muitas delas têm o Cristo no centro e os quatro evangelistas ou seus símbolos nos quatro pontos cardeais. Esta concepção deve ser muito antiga, uma vez que entre os egípcios Hórus era representado do mesmo modo, com seus quatro filhos. “Como a experiência mostra, as mandalas aparecem mais frequentemente… em situações de perturbação e indecisão. O arquétipo que essa situação constela como compensação representa um esquema ordenador que vem, de algum modo, colocar-se acima do caos psíquico, como um círculo dividido em quatro partes iguais, ajudando cada conteúdo a encontrar seu lugar e contribuindo para manter sua coesão.”

 

JUNG, Carl Gustav. Memórias, sonhos, reflexões. Ed. Nova Fronteira, 2019, Local Kindle 7499.

Glossário

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