Mandalas no Tibete

“Um monge tibetano disse uma vez ao dr. Jung que as mandalas mais impressionantes do Tibete são concebidas pela imaginação ou pela fantasia dirigida, quando o equilíbrio psicológico do grupo está perturbado ou quando um determinado pensamento não pôde ser expresso por não estar contido ainda na sagrada doutrina, sendo preciso, primeiro, encontrá-lo. Nessas observações surgem dois aspectos básicos igualmente importantes em relação ao simbolismo da mandala. Ela serve a um propósito conservador isto é, restabelece uma ordem preexistente; mas serve também ao propósito criador de dar forma e expressão a algo que ainda não existe, algo novo e único. O segundo aspecto é, talvez, mais importante que o primeiro, mas não o contradiz. Pois na maioria dos casos o que restaura a antiga ordem envolve, ao mesmo tempo, algum elemento novo de criação; na nova ordem, o esquema antigo retorna em um nível mais elevado. O processo lembra uma espiral ascendente, que cresce para o alto enquanto retorna, simultaneamente, ao mesmo ponto.”

 

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 301.

III O processo de individuação

M.-L. Von Franz

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