Material para as fantásticas figuras

“Schüle diz: “O torvelinho de luz e cores que excita e ativa no escuro o campo de visão noturno fornece […] o material para as fantásticas figuras etéreas antes de alguém pegar no sono”. Como se sabe, nunca vemos o escuro absoluto; algumas parcelas do campo visual escuro estão sempre iluminadas, ainda que fracamente; as manchas de luz aparecem ora cá, ora lá, combinando-se nas mais diversas formas, e basta uma fantasia moderadamente ativa para criar – como no caso das nuvens no céu – certas figuras facilmente reconhecidas. O poder do discernimento que desaparece com o adormecer deixa campo livre à fantasia de modo que esta pode chegar a uma criação de formas bem vivas. Ao invés das manchas de luz, nevoeiro e cores mutantes no campo visual escuro, começam a aparecer os contornos de determinados objetos”.

Nota. 50. Spinoza teve uma visão hipnopômpica de um “nigrum et scabiosum Brasilianum (brasileiro negro e sujo).”

(…) provável que as imagens hipnagógicas sejam idênticas às imagens oníricas do sono normal, ou seja, elas formam a base visual delas.”

JUNG, C.G. Estudos Psiquiatricos. OC, vol.1. Petrópolis: Vozes. 2013, Pág. 71-72.

Páragrafo 100-101

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