“O animus pode tornar-se um companheiro interior precioso que vai contemplá-la com uma série de qualidades masculinas como a iniciativa, a coragem, a objetividade e a sabedoria espiritual.
O animus, tal como a anima, apresenta quatro estágios de desenvolvimento: o primeiro é uma simples personificação da força física – por exemplo, um atleta ou “homem musculoso”. No estágio seguinte, o animus possui iniciativa e capacidade de planejamento; no terceiro torna-se “o verbo”, aparecendo muitas vezes como professor ou clérigo; finalmente, na sua quarta manifestação, o animus é a encarnação do “pensamento”.
O animus, na sua forma mais desenvolvida, relaciona a mente feminina com a evolução espiritual da sua época, tornando-a assim mais receptiva a novas ideias criadoras do que o homem. É por isso que antigamente, em muitos países, cabia as mulheres a tarefa de adivinhar o futuro ou a vontade dos deuses.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 258-259.
III O processo de individuação
M.-L. Von Franz