O opus, a obra

O opus, a obra [diz ele] consiste em duas etapas básicas: primeiro, ocorre a solução, a dissolução do corpo; e segundo, a coagulação ou condensação do espírito [pela qual podemos adivinhar que ele se refere à abertura do corpo à influência celeste, obtida fundindo-o ou evaporando-o, e destruindo assim aquilo a que chamaríamos de aparência externa grosseira], após a qual o ouro oculto surge, e deve ser coagulado em um novo corpo, e este será o ouro. Como se recordam, o ouro é a forma separada do corpo. Essas três operações simples são como fazer a quin-tessência do vinho.

Agora ele compara o processo de destruir o aspecto grosseiro exterior e extrair a verdadeira forma com o processo de produzir álcool, o processo de extrair o espírito do suco de uva, obtendo sua quintessência – pois numa forma primitiva de pen-sar, o álcool contém a essência condensada da natureza do vinho. Assim, diz ele, tal como se pode fazer o vinho a partir do suco de uva, é possível, por uma via semelhante, destilar todos os outros corpos.”

VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia e a Imaginação ativa: estudos integrativos sobre imagens do inconsciente, sua personificação e cura.  Ed. São Paulo: Cultrix, 2022. Pág.76-77.

1. Palestra

Origens da Alquimia: Tradições extrovertidas e introvertidas.

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