Os sonhos tais como se apresentam

“Depois da ruptura com Freud, começou para mim um período de incerteza interior e, mais que isso, de desorientação. Eu me sentia flutuando, pois ainda não encontrara minha própria posição.

Em primeiro lugar decidi confiar incondicionalmente naquilo que contassem sobre eles mesmos. Pus-me, então, à escuta do que o acaso trazia. Constatei logo que relatavam espontaneamente seus sonhos e fantasias; eu apenas formulava algumas perguntas, como “O que pensa disso?” ou “Como compreende isso? De onde vem essa imagem?”. Das respostas e associações apresentadas por eles, as interpretações decorriam naturalmente.

Logo percebi que era correto tomar, como base de interpretação, os sonhos tais como se apresentam. Eles são o fato do qual devemos partir. Naturalmente meu “método” engendrou uma variedade de aspectos quase inabrangível. A necessidade de um critério tornou-se cada vez mais premente, ou melhor, a urgência de uma orientação inicial pelo menos provisória.”

 

JUNG, Carl Gustav. Memórias, sonhos, reflexões. Ed. Nova Fronteira, 2019, Local Kindle 3154-3160.

Confronto com o inconsciente

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