A mão é o órgão de trabalho e de ação

“A mão é o órgão de trabalho e de ação. O dedo, por outro lado, é o órgão de escolha. O homem sem mãos do futuro só faz uso de seus dedos. Ele escolhe ao invés de agir. Ele aperta botões para satisfazer suas necessidades. Sua vida não é um drama que lhe impõe ações, mas um jogo. Ele também não quer ser dono de nada, mas deseja experimentar e desfrutar.”

*phono sapiens.

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 196.

Da coisa à não-coisa

Algoritmos se tornam caixas pretas

“No mundo controlado algoritmicamente, as pessoas perdem cada vez mais seu poder de ação, sua autonomia. Elas são confrontadas com um mundo que escapa a sua compreensão. Elas seguem decisões algorítmicas, mas não conseguem compreendê-las. Algoritmos se tornam caixas pretas.”

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 140.

Da coisa à não-coisa

A vida como imanência

“A vida como imanência é uma capacidade que não age. Por isso, ela é um “imanente que não está em nada”, pois ela não está submetida a nada e não depende de nada. A vida se relaciona a si mesma e repousa em si mesma. A imanência caracteriza uma vida que pertence a si mesma, que basta a si mesma. Esse bastar-a-si-mesmo é a beatitude.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 346.

Considerações sobre a inatividade

A inatividade constitui o Humanum

“A inatividade constitui o Humanum. O que torna o fazer genuinamente humano é a parcela de inatividade que há nele. Sem um momento de hesitação ou de contenção, o agir se degenera em ação e reação cegas. Sem repouso, surge uma nova barbárie. É o silenciar-se que dá profundidade à fala. Sem o silêncio não há música, mas apenas barulho e ruído. O jogo é a essência da beleza. Onde impera apenas o esquema de estímulo e reação, de carência e satisfação, de problema e solução, de objetivo e ação, a vida se reduz à sobrevivência, à vida animalesca nua.

A vida só recebe seu esplendor da inatividade. Se perdemos a capacidade para a inatividade, igualamo-nos a uma máquina que deve apenas funcionar. A verdadeira vida começa quando cessa a preocupação com a sobrevivência, com a necessidade da vida crua. O objetivo último dos esforços humanos é a inatividade.

A ação é, de fato, constitutiva para a história, mas não é uma força formadora da cultura. Não a guerra, mas a festa, não as armas, mas as joias, são a origem da cultura. História e cultura não coincidem.

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 67-73.

Considerações sobre a inatividade

A ilusão da atividade

“A dialética do ser-ativo que escapa a Arendt consiste no fato de que a agudização hiperativa da atividade faz com que essa se converta numa hiperpassividade, na qual se dá anuência irresistivelmente a todo e qualquer impulso e estímulo. Em vez de liberdade, ela acaba gerando novas coerções. É uma ilusão acreditar que quanto mais ativos nos tornamos tanto mais livres seríamos.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 420.

5| Pedagogia do ver

Falta de ação

“A sociedade moderna, enquanto sociedade do trabalho, aniquila toda possibilidade de agir, degradando o homem a um animal laborans − um animal trabalhador. O agir ocasiona ativamente novos processos. O homem moderno, ao contrário, estaria passivamente exposto ao processo anônimo da vida.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 316.

4| Vida Activa

Ver e Confiar no Orador

*Sintonia: Eu confio nessa pessoa.

*Envolvimento: Cada frase parece tão interessante!

*Curiosidade: Eu percebo o que você quer dizer em sua voz e vejo em seu
rosto.

*Compreensão: A ênfase naquela palavra com aquele gesto –agora entendi.

*Empatia: Posso sentir como isso lhe causa mágoa.

*Entusiasmo: Uau! Essa paixão é contagiosa.

*Convicção: Quanta determinação nesse olhar!

*Ação: Quero fazer parte do seu grupo. Conte comigo.

“Tudo isso junto é inspiração, em seu sentido mais amplo. Penso nela como a força que diz ao cérebro o que fazer com uma nova ideia.

Há muitos mistérios referentes a como e por que reagimos com tanta força a certos oradores. Essas funções evoluíram ao longo de centenas de milhares de anos e estão profundamente enraizadas. Em algum ponto dentro de você existe um algoritmo para a confiança. Um algoritmo para a credibilidade. Um algoritmo para a forma como as emoções se transferem de um cérebro para outro. Não conhecemos os detalhes desses algoritmos, mas podemos definir pistas importantes. E elas se dividem em duas grandes categorias: o que você faz com a voz e o que você faz com o corpo.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 181.

Capítulo 4 – `NO PALCO: Voz e Presença.

 

 

Maneiras de Encerrar com Força

Como não Encerrar:

Bem, meu tempo acabou, vou ficando por aqui.

(…)

Finalmente, o ponto essencial, como eu disse… Assim, em conclusão… E, só para destacar mais uma vez, isso é importante porque… E, claro, também é importante ter em mente… Ah, uma última coisinha.”

*Dar uma visão panorâmica

*Convocar para uma Ação

(…)

Jon Ronson: 

A melhor coisa em relação às mídias sociais foi ter dado voz a quem não tinha, mas agora estamos criando uma sociedade de vigilância em que a maneira mais inteligente de sobreviver é voltar a não ter voz. Não devemos fazer isso.

*Compromisso pessoal

*Valores e visão

*Moldura que dá certo

(…) hoje em dia, no Ocidente, muita gente terá dois ou três relacionamentos ou casamentos, e alguns vão tê-los com a mesma pessoa. Seu primeiro casamento acabou. Vocês querem criar um se gundo casamento juntos?

(…) uma pergunta inesperada trouxe um agradável momento de insight e encerramento.

*Simetria Narrativa

(…) acho que talvez o mais importante seja acredi tar que somos o suficiente.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 156-162.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Abertura e Encerramento.