Confiança

“Desbloquear a criatividade natural em nossa experiência não é algo que está restrito à arte. Tem a ver com um estado de ser. Tem a ver com o espírito do não saber, com o koan, com tolerar a incoisitude, com uma mente livre de conclusões, com a mente do Caminho do Meio que conhece a natureza sem fronteiras das coisas. Este modo de ser nos oferece a liberdade de experimentarmos e de nos relacionarmos com a mente e com o mundo à maneira mais direta e viva possível.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 153.

Acolher a Complexidade

“(…) Estou curiosa para saber o que meu pai vai dizer de minha resposta à sua pergunta. Não surpreendentemente, ela me trouxe de volta, mais uma vez, para o Caminho do Meio e para o fascínio que eu tenho pelo poder de uma pergunta aberta. Mas também me inspirou a clarificar o que eu vejo como um equívoco comum: que perderemos nossa clareza e inteligência se desistirmos de nossos pontos de vista mais fortes. Acreditamos que acolher a complexidade irá nos imobilizar. Enquanto escrevo este livro e contemplo a sabedoria do Darma, enquanto escuto e converso com outros e enquanto observo o mundo ao meu redor, fico mais e mais convencida de que acolher a complexidade traz à tona a profundidade, inteligência e compaixão da nossa humanidade.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 107.

Viva o Vazio!

“(…) Não podemos escrever um livro sem uma folha de papel vazia, quando nossa agenda está vazia podemos fazer qualquer coisa que queiramos. Viva o vazio! Vacuidade significa possibilidade. Vacuidade permite que haja mais espaço -na verdade, que haja espaço ilimitado para que as coisas surjam. Mas não apenas permite que elas surjam; a vacuidade descreve sua própria natureza. Entender a natureza da vacuidade significa conhecer a natureza da ausência de fronteiras das coisas. Vacuidade é só outra maneira de dizer que podemos conhecer as coisas sem objetificá-las. Paradoxalmente, não podemos sequer falar em ter uma experiência plena sem vacuidade. Pense nisso.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 84.

A Palavra V

“É preciso trabalhar com muitas palavras novas para expressar a experiência inefável do Caminho do Meio: qualidade da ausência de fronteiras das coisas, qualidade da ausência de “coisa” na coisa ou incoisitude, qualidade de não ser encontrável… são muitas expressões novas. Mas todas apontam para um termo mais tradicional, e este parece ainda mais desafiador para a maior parte das pessoas: vacuidade, também conhecida como a palavra “V” entre budistas.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 83.

O Espaço Não Faz – Ele Permite

O espaço, por natureza, permite que os objetos venham a ser, a funcionar, a expandir, a contrair, a se mover e a desaparecer sem interferência. O espaço não faz – ele permite! Ele nunca cria objetos e nunca os destrói, que é outra forma de dizer o espaço não elabora sobre ou rejeita aquilo que se move através dele. O espaço não depende de nada, ainda que tudo dependa da complacente natureza do espaço. Por esta razão, o mais prolífico escritor e mestre de meditação da linhagem Nyingma, Kunchyen Longchenpa’, falou sobre o espaço como uma metáfora universal para a mente que encontra o estado do Caminho do Meio.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 74.

O Exagero Desengaja

Exageros nos desengajam do presente em uma medida ou outra, o que significa que perdemos nossa conexão com o mundo ao nosso redor. No caso da economia, quando a bolha da prosperidade estoura, ela nos força a voltar para as coisas básicas da vida: comida e aluguel. Começamos a nos fazer perguntas básicas: “Como eu poderia simplificar minha vida? Como posso me adaptar às mudanças que vejo ao meu redor? Talvez devesse começar uma horta, talvez adquirir algumas galinhas para poder ter ovos”.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 63.

Exagerar ou Negar

Exagerar ou negar descreve o dilema que temos com a mente, e não apenas durante a meditação. Exagero e negação operam em conjunto com todas as nossas fantasias, esperanças e medos. Quando exageramos a experiência, vemos o que não está lá. Quando a negamos, não vemos o que está. Nem o exagero nem a negação pertencem à verdadeira natureza das coisas, a natureza que experimentamos quando estamos simplesmente presentes.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 61.

O Correto Entendimento do Caminho do Meio

“Se ainda não tivemos uma experiência direta da interdependência e da ausência de fronteiras, as coisas podem ficar um tanto quanto abstratas e vagas. Por exemplo, quando se deparam pela primeira vez com o Caminho do Meio, as pessoas algumas vezes pensam: “Bem, se não podemos encontrar os parâmetros do eu e do outro, isso deve significar que tudo é um”. Você já ouviu essa piada: “O que o Buda disse para o vendedor de cachorro-quente?” “Faça-me Um com tudo”. Mas o que isso significa exatamente? Será que significa que tudo é igual? A maioria de nós argumentaria que não é desse modo que experienciamos o mundo.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 56.

Participação No Programa Vivência Espírita

Diário Espiritual de 16 de setembro de 2018

Participação no programa Vivência Espírita – São José dos Campos

“O caminho é o do meio, conforme conversamos na viagem – sim, nós participamos ativamente, interferindo no fluxo de pensamentos que te ocorrem em estados alterados de consciëncia, quando em profunda comunhão com graves questões da existência.

Não se entregue a vibrações mais baixas como a culpa ou o arrependimento excessivo. Segue amando e confiando. Faça o que deve ser feito. Faça a sua parte, e os frutos virão.”

Heitor