“Permanecer presente desafia nossas tendências reativas habituais. Você provavelmente reconhece este cenário: você está sentado à mesa em um jantar ou está em uma sala cheia de pessoas, quando de repente tudo fica em silêncio. O espaço parece estar grávido, cheio de possibilidades, e então alguém-podendo inclusive ser você se sente oprimido, desconfortável e simplesmente precisa falar. É assim que lidamos com momentos grávidos-tentamos fugir deles por meio da continua recriação do eu. Não estamos acostumados a testemunhar nossa própria experiência – a experiência da nossa vida – sem colocar uma tampa nela, manipulá-la, chegar a uma conclusão a seu respeito, ou agregar algum sentido a ela. Mas, agindo assim, alguma vez chegamos a ter uma experiência plena?”
MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra, 2018. p. 49.