Encarnações Divinas

“Já que o retorno periódico das encarnações divinas faz parte do projeto criador de Deus, sinais de tais nascimentos estão gravados no Grande Plano Superior. Os sábios, por meio da intuição desperta da alma, conseguem ler as inscrições celestiais; e, se estiver de acordo com a vontade de Deus que tal evento futuro seja conhecido, eles o profetizam em revelações abertas ou veladas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 04.

A Lei do Karma

A lei do karma governa cada ação da pessoa. O bem produz bons resultados; o mal gera más consequências. Uma ação má contra a sociedade é um crime; uma ação má contra o bem -estar da alma é um pecado.

(…)

Séculos de incompreensão dos conceitos bíblicos sobre o pecado, e da sua suposta abominação aos olhos de Deus, criaram uma imagem popularmente aceita de um Todo-Poderoso cuja ira contra os pecadores é impiedosa, implacável e de uma severidade vingativa.

Embora Deus seja o Criador do ser humano e Aquele que o sus tenta, Ele decretou que a lei de causa e efeito, ou karma, governe a vida de modo que o próprio homem seja o juiz de seus atos. Por meio das boas ações, o ser humano compele a lei do karma a re compensá-lo. Quando resolve agir mal, então – de acordo com seu próprio decreto e convite à lei do karma – ele mesmo dá origem ao seu sofrimento.

Quando um homem age mal, não existe nenhuma força consciente pronta a lançar-se sobre ele e destruí-lo. A lei cósmica não toma decisões deliberadas sobre a boa sorte ou infortúnio da pessoa.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 95-96.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Conhecer a Deus para Amá-Lo

“Embora seja necessário amar a Deus para conhecê-Lo, é igual mente verdade que precisamos conhecer Deus para amá-Lo.

(…)

Há apenas um Criador de todas as faculdades do homem. Deus é a Origem do amor com que amamos; de nossas almas com que cla mamos pela imortalidade; de nossas mentes e processos mentais com que pensamos, raciocinamos e alcançamos êxito; e de nossa vitalidade com que nos empenhamos nas atividades da vida.

(…)

Amar a Deus de toda a alma requer a completa quietude da interiorização transcendente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 503-505.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Faze Isso e Viverás

” (…) a essência da eterna verdade que caracteriza todos os caminhos espirituais genuínos, o irredutível imperativo que o homem precisa abraçar como alma individualizada, separada de Deus, se quiser recuperar a consciência de sua unidade com o Criador.”

Faze isso, e viverás“.

(…)

Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas“.

(…)

* Nota: “Thomas Cahill, em seu livro The Gifts of the Jews (Nova York: Anchor Books, 1998), escreve: “Os livros da Bíblia hebraica são divididos em três seções: Torá [a Lei], Neviim [os Profetas] e Ketuvim [os Escritos], cujas letras iniciais formam o acrônimo Tanak, termo pelo qual a Bíblia é conhecida na tradição judaica. (…) Torá ou Instrução (algumas vezes traduzida como “Lei”) é também denominado o Pentateuco, ou seja, os Cinco Livros: Gênesis, Exodo, Levitico, Números e Deuteronômio. (…) A Torá é indiscutivelmente a escritura da tradição judaica, embora a expressão com frequência utilizada ‘A Torá (ou a Lei) e os Profetas’ nos alerte que essas duas partes da escritura são consideradas virtualmente inseparáveis.” (Nota da Editora)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 500-501.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Eminente Criador

“Caso Deus Se revelasse como o Eminente Criador ou mundo como Autoridade Inquestionável, os seres humanos perderiam seu livre-arbítrio nesse mesmo instante; eles não poderiam deixar de ser impelidos à Sua glória manifestada. Se Ele exibisse Sua onipotência em grandiosos milagres, as multidões assombradas seriam atraídas compulsoriamente a Deus por esses fenômenos, em vez de optarem por Ele com o amor espontâneo de sua alma.

(…)

No momento propício, diante de pessoas que têm a possibilidade de despertar espiritualmente, Deus permite a Seus santos que manifestem feitos extraordinários; mas nunca para satisfazer a curiosidade vã.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 240-241.

Capítulo 11: Água em vinho: “Jesus principiou assim os seus sinais (…)”

O Homem Não é Sustentado Somente Pelo “Pão”

O homem não é sustentado somente pelo “pão” (…)  mas primordialmente de “cada palavra”  (unidade de Energia Cósmica ilimitada vibrando do Espírito Santo – o grande Om ou Amém) que entra no corpo humano através da “boca de Deus” (bulbo raquiano). Experimentar essa verdade, assim como Jesus o fez, significa conhecer o vínculo eterno entre o humano e o divino, a matéria e a consciência – a irrevogável unidade entre o Eu e o Criador.

(…)

O homem julga que vive do “pão” – alimento, oxigênio e luz solar mas estes são apenas Energia Cósmica condensada. A energia radiante do sol nutre as plantas; as plantas são ingeridas pelos animais e humanos; e as plantas, por sua vez, deles se nutrem quando eles morrem. Direta ou indiretamente, a energia solar é a fonte material primária da vida. Quando alguém ingere um alimento, a energia vital no corpo começa a trabalhar na digestão e na metabolização do que é ingerido, extraindo por fim a energia solar armazenada naquele alimento para suprir o corpo. Desse modo, os cientistas afirmam que as células corporais operam pela energia que irradia do sol, liberada pela reação química de oxidação.

(…)

Nota:  “O que comemos é radiação; nosso alimento são certos quanta de energia”, disse o Dr. George W. Crile, de Cleveland, numa reunião de médicos em Memphis, em 17 de maio de 1933. Ele enfatizou: “Os raios do sol fornecem esta radiação importantissima, que libera correntes elétricas no sistema nervoso, ou seja, no circuito elétrico do corpo”.

Algum dia os cientistas descobrirão como o homem pode viver diretamente da energia solar. O Dr. William L. Laurence escreve no New York Times: “A clorofila é a única substância conhecida na natureza que possui o poder de agir como ‘armadilha da luz solar. Ela ‘aprisiona’ a energia do sol, armazenando-a na planta. Nós obtemos a energia necessária para viver da energia solar armazenada no alimento-planta que comemos ou na carne dos animais que comem as plantas. A energia que obtemos do carvão ou do petróleo é a energia solar aprisionada pela clorofila na vida vegetal de milhões de anos atrás. Vivemos do sol, por intermédio da clorofila.” (Autobiografia de um logue)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 179-180.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

Sabedoria do Criador

“A gênese de todas as religiões da humanidade tem suas origens no seu coração augusto e misericordioso. Não queremos, com as nossas exposições, divinizar, dogmaticamente, a figura luminosa do Cristo, e sim esclarecer a sua gloriosa ascendência na direção do orbe terrestre, considerada a circunstância de que cada mundo, como cada família, tem seu chefe supremo, ante a justiça e a sabedoria do Criador.”

(…)

“A verdade é que todos os livros e tradições religiosas da Antiguidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial. As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento. Todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida de todo o universo, e no tradicionalismo de todas palpita a visão sublimada do Cristo, esperado em todos os pontos do globo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 75-76.

O “Grande Plano”

“O Grande Plano, ou “Manvantara” da escolástica oriental, que os hindus também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahma, ou de DEUS, é considerado o “tempo exato” em que o Espirito Divino “desce” até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 4.320.000.000 de anos do calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 anos, assim denominadas: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou “energia condensada” a “Noite de Brahma”, quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído pelas formas. Assim, cada fase chamada o “Dia de Brahma” e a “Noite de Brahma” perfaz o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de 4.320.000.000 anos, em cujo tempo DEUS completa uma “Pulsação” ou “Respiração”, subentendidas pela mentalidade ocidental ocultista como um Grande Plano na Criação Eterna**.”

¨*Vide a obra Mensagens do Astral de Ramatís, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação, no qual se esmiúça com bastante clareza o que se compreende por um “Grande Plano” ou “Respiração” de Brahma.

**Conforme os Vedas, “uma respiração ou pulsação macrocósmica de Brahma ou Deus, corresponde a uma respiração microcósmica do homem”. Os hindus também costumam definir por Manvantara um período de atividade planetária com suas sete raças.

*** Nota do Revisor:– Sob admirável coincidência, justamente quando revíamos as provas do presente capítulo, surpreendemo-nos pelo artigo “Universo em Expansão”, de Mendél Creitchinann, publicado no jornal O Estado do Paraná, de domingo, dia 17 de janeiro de 1965, cujo trecho de Interesse transcrevemos a seguir: “UNIVERSO EM EXPANSÃO – A solução de Friedman, matemático russo, das equações de Einstein acerca do universo, conduziu à possibilidade de um Universo em expansão ou contração. Como relatamos em capítulo anterior, esse matemático descobriu um engano na solução final das equações sobre o universo elaboradas por Einstein. Um dos tipos de Universo que as equações indicam é o que chama Gamow de pulsante.

Admite este modelo que, quando o universo atingisse uma certa expansão máxima permissível, começaria a contrair-se. A contração avançaria até que matéria tivesse sido comprimida até uma densidade máxima, possivelmente a do material nuclear atômico, que é uma centena de milhões de vezes mais denso que água. Que começaria então novamente a expandir-se, e assim por diante através do ciclo até o infinito.

Hosanas, pois, aos velhos mestres do Oriente, que há mais de 4.000 anos vêm ensinando o “Universo Pulsante através dos Manvantaras, da Grande Respiração ou Pulsação de Brahma, ou Deus, cuja diástole e sístole cósmicas correspondem exatamente à concepção de um Universo em expansão e contração, da nova teoria científica dos astrônomos modernos. Pouco a pouco desvendam-se os símbolos da escolástica hindu, e graças à cooperação da própria ciência acadêmica, ergue-se o “Véu de Isis e surge o ensinamento ocultista oriental em todo o seu preciosismo e exatidão cientifica.

(…)

“(…) desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama, esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o Universo exterior, é conhecido por “Manvantara”, e significa um período de atividade e não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou “Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmica.”

(…)

O Universo é a sucessão consecutiva de “Manvantaras” ou “Grandes Planos”, a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também as consciências individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lança das na corrente evolutiva das cadeias planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem o grau de angelitude. Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis” que vão surgir no próximo Grande Plano ou “Manvantara” vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os “maiores” ensinam os menores” a conquistarem também sua própria Ventura Imortal.

A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral. *Nota pessoal ao parágrafo: A chegada e epifanias da pirâmide.

A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de Deus. Os Grandes Iniciados têm amenizado essa dificuldade compondo diagramas especiais e graduado as diversas fases da descida do Espirito até a expressão matéria, como no caso dos “Manvantaras” ou Grandes Planos, em que avaliam os ritmos criadores mais importantes para auxiliar o entendimento do homem e fazê-lo sentir o processo inteligente de sua própria vida. É uma redução acessível ao pensamento humano, embora muito aquém da Realidade Cósmica, mas é a expressão gráfica mais fiel possível. Os hermetistas, hinduístas, taoístas, iogues, teosofistas, rosa-cruzes e esoteristas têm norteado os seus estudos com êxito sob esses gráficos inspirados pelos Mentores Siderais desde a extinta Atlântida.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 53-55.

A Descida Angélica e A Queda Angélica

Poderíeis esclarecer-nos qual é a diferença entre a “descida angélica” e “queda angélica”, a fim de compreendermos melhor a descida vibratória de Jesus ao nosso mundo físico?

RAMATÍS: A descida angélica é quando o Espirito de Deus desce vibratoriamente até ao extremo convencional da Matéria, cujo acontecimento é conhecido pelos hindus como o “Dia de Brahma” e distingue o fenômeno da criação no seio do próprio Criador. É uma operação. que abrange todo o Cosmo, ainda incompreensível para o homem finito e escravo das formas transitórias. A queda angélica, no entanto, refere-se especificamente à precipitação ou exilio de espíritos rebeldes, que depois de reprovados na tradicional seleção espiritual de “Fim de Tempos” ou de “Juízos Finais”, transladam-se do orbe de sua moradia para outros mundos inferiores. Os reprovados colocam-se simbolicamente à esquerda do Cristo, que é o Amor, e emigram para outros planetas em afinidade com sua índole revoltosa e má, a fim de repetirem as lições espirituais negligenciadas e então recuperarem o tempo perdido mediante um labor educativo mais rigoroso.

Dai a lenda da “queda dos anjos”, que se revoltaram contra Deus; e depois de expulsos do Céu transformaram se em “diabos” decididos a atormentar os homens. Aliás, tais “anjos” são espíritos de inteligência algo desenvolvida, que lideraram movimentos de realce e foram prepotentes nos mundos transitórios da carne, onde se impuseram por um excesso intelectivo, causando sérios prejuízos ao próximo.

(…)

Os “anjos” decaídos são espíritos rebeldes a qualquer insinuação redentora que lhes fira o orgulho ou lhes enfraqueça a personalidade humana.

(…)

Sem dúvida, essa emigração do anjos decaídos ou de espíritos rebeldes, de um orbe superior para outro inferior, evita o perigo da saturação satânica no ambiente astralino das humanidades, porque a carga nociva alijada faz desafogar a vida espiritual superior, tal qual as flores repontam mais vivas e belas nos Jardins que se livram das ervas malignas.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 49-50.

A Relação da Criatura com O Criador

“No fim dos inúmeros ciclos de eons de tempo, o TODO retira a sua Atenção, sua Contemplação e Meditação do Universo, porque a Grande Obra está acabada e Tudo está retirado no TODO de que provém. Mas, ó Mistério dos Mistérios!, o Espírito de cada alma não é aniquilado, mas sim expandido infinitamente, a Criatura e o Criador são confundidos. Tal é a relação do Iluminado!

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 63.