Saudade Torturante do Céu

“Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.”

(…)

“Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.”

(…)

“Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 35.

Crescimento Espiritual

“A agonia da ultrapassagem das limitações pessoais é a agonia do crescimento espiritual.  A arte, a literatura, o mito, o culto, a filosofia e as disciplinas ascéticas são instrumentos destinados a auxiliar o indivíduo a ultrapassar os horizontes que o limitam e a alcançar esferas de percepção em permanente crescimento. (…) Por fim, a mente quebra a esfera limitadora do cosmo e alcança uma percepção que transcende todas as experiências da forma – todos os simbolismos todas as divindades:  a percepção do vazio inelutável.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 177-178.

Princípios da Crença Wiccana / Conselho dos Bruxos Americanos – 1974

  1. Nós praticamos ritos para nos sintonizar com os ritmos naturais das forças vitais, marcados pelas fases da Lua e pelas mudanças e pelos ápices das estações.
  2. Reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única com relação ao nosso meio ambiente. Procuramos viver em harmonia com a natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo condições à vida e a consciência segundo uma visão evolutiva.
  3. Reconhecemos a existência de um poder muito maior do que aquele que se manifesta na pessoa comum. Por sem bem maior que o normal, ele é às vezes chamado de “sobrenatural”, mas o vemos como uma parte natural do potencial de todos.
  4. Compreendemos que o Poder Criativo do Universo se manifesta por meio da polaridade – como masculino e feminino – e que esse mesmo Poder Criativo habita em todas as pessoas e age por meio da interação entre o masculino e o feminino. Não valorizamos um mais do que o outro, porque sabemos que se complementam. Valorizamos o sexo como prazer, como símbolo e corporificação da vida e uma das fontes de energia usada nas práticas mágicas e nos cultos religiosos.
  5. Reconhecemos a existência tanto dos mundos exteriores quanto dos interiores, ou psicológicos – às vezes conhecidos como Mundo Espiritual, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc – e vemos na interação dessas duas dimensões a base dos fenômenos paranormais e das práticas de magia. Não negligenciamos nenhuma das dimensões, pois ambas são necessárias para a nossa realização.
  6. Rejeitamos toda hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que nos ensinam, respeitamos aqueles que compartilham seu conhecimento e sua sabedoria, e admiramos aqueles que corajosamente deram de si para exercer funções de liderança.
  7. Vemos a religião, a magia e a sabedoria de vida como uma unidade na forma pela qual uma pessoa vê o mundo e vive nele, uma visão do mundo e uma filosofia de vida que identificamos como Bruxaria – O Caminho Wiccano.
  8. Dizer-se Bruxo não faz de ninguém um Bruxo – tampouco a hereditariedade ou uma coleção de títulos, graus ou iniciações. O Bruxo busca controlar as forças de si mesmo que tornam a vida possível, de modo a viver com sabedoria e bem, sem prejudicar outras pessoas e em harmonia com a natureza.
  9. Acreditamos na afirmação e na plenitude da vida, numa contínua evolução e num contínuo desenvolvimento da consciência, dando sentido ao Universo que conhecemos e ao nosso papel dentro dele.
  10. Nossa animosidade com relação ao Cristianismo ou qualquer outra religião ou filosofia de vida só existe na medida em que essas instituições se proclamam “o único caminho”, negando a liberdade a outras entidades e reprimindo outras formas de crença e prática religiosa.
  11. Como Bruxos Americanos, nós não nos sentimos ameaçados por debates sobre a história da Arte, sobre as origens de vários termos, sobre a legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições. Nós nos preocupamos com o nosso presente e com o nosso futuro.
  12. Não aceitamos o conceito de mal absoluto, nem adoramos a entidade conhecida como “Satanás” ou “Demônio”, como definido pela tradição cristã. Não buscamos o poder por meio do sofrimento de outros nem aceitamos o conceito segundo o qual benefícios pessoais só podem ser obtidos pela negação do outro.
  13. Acreditamos que devemos buscar na natureza o que pode contribuir para a nossa saúde o nosso bem-estar.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 47-49.