Discípulos e mestres

“Um fio invisível prende discípulos ao mestre e uns aos outros, mesmo sem o conhecimento deles.

Imagine um círculo: coloque o mestre no centro, ou, e, ao redor da circunferência, os discípulos. Temos aí o conceito da Rosa Mística, muitas pétalas ao redor de um botão, que é sua alma, espírito, força e inteligência.

Por iniciado, portanto, devemos entender o discípulo que emergiu da água estagnada das multidões e veio para dentro da zona de radiação do centro (…)

Proposição I – Mudanças fluídicas brilham nos hábitos exteriores do discípulo.

As mudanças fluídicas do discípulo têm um efeito tão grande sobre seu exterior, destacam-se de tal forma em seus hábitos externos que os homens comuns, isto é, aqueles que não compreendem coisas secretas, em geral consideram os homens e mulheres que se dedicam à magia pessoas extravagantes.

O conflito entre os mundos visível e invisível tem em sua base a paixão da temporalidade: isto é, o mundo visível se alimenta do medo constante de não ter e não possuir, enquanto o mundo invisível vive na eterna certeza de que o indivíduo obtém quando quer e quando precisa.


Proposição II – O teste fatal do discípulo está em sua separação do mestre.

a) O discípulo pode se considerar um iniciado assim que se retirar do fluxo comum.

b) Aqueles que são iniciados nas ciências e práticas ocultas acabam necessariamente entrando em conflito com as opiniões profanas do público.

c) O teste supremo do discípulo está em sua separação do mestre; se não possui a força necessária para levar adiante sua formação de modo independente, ele cai na corrente comum e é destruído.

Proposição III- Equilibrio fluídico equivale a equilíbrio físico.

Aqueles que querem estudar a magia e sua prática devem ser saudáveis equilibradas, e de corpo e mente. A saúde do corpo é indispensável (é por isso que todas as regras da magia ensinam que, quando alguém não está com saúde perfeita, não pena) porque cada prática carrega a marca indelével do estado de equilíbrio ou falta de equilíbrio do praticante. Assim como a deformidade do corpo dá origem a um estado quase permanente de desvio fluídico, enfermidades temporárias determinam um estágio passageiro de falta de equilíbrio no praticante.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág. 90-94.

Segunda Parte

O Discípulo

Os pitagóricos advertiam

“Os pitagóricos advertiam:

Purifica seu corpo e sua alma. Seja a razão a soberana e guia absoluta de sua vida e, no momento em que a morte libertar sua alma aprisionada em seu corpo, você se tornará um deus.

Gênesis 3:22 vem do original hebraico:”Ecce Adam quasi unus ex no- bis factus est, sciens bonum et malum”, que monsenhor Martini traduziu fazendo Deus dizer: “Agora Adão se tornou um de nós, conhecendo o bem e mal”, e então ele comenta que o nós se refere aos três personagens divinos, enquanto o significado oculto é que Adão foi criado semelhante aos deuses ou espíritos de Deus.

Escapando do rebanho comum, você, meu discípulo, se aproxima dos deuses. Deixe que os fiéis orem em igrejas, sinagogas e mesquitas e que criaturas pacíficas aticem suas fantasias com mesas que choca- lham ou se levantam. Desfrute o fato de que cientistas curiosos e pre- sunçosos deem suas opiniões sobre os efeitos físicos da mediunidade, alegre-se por vê-los trabalhar para o bem da humanidade e seu progresso, pois toda a enciclopédia dos fenômenos se resume em pôr à prova um materialismo sensitivo e grosseiro e a construir um altar para o espírito do homem.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.70-71.

Segunda Parte

Preparação

O segredo de Deus

“(…) aviso que, a partir de agora, acredito que tenho o direito de considerá-lo meu discípulo.

Toda inteligência humana se esforça para apreender o segredo de Deus e daí a mixórdia das ciências profanas, da astronomia à química analítica, da física de meteoros às especulações sobre micróbios, da física experimental à fisiologia do sistema nervoso e das ciências embriológicas a todas as outras ciências, infinitas em número que, recém- nascidas ou prestes a nascer, parecem ser a última palavra da verdade, quando, na realidade, não são mais que reticências na cegueira da grande massa humana que tenta escalar o Olimpo.

Assim, desde o início dos tempos, a humanidade tem sido dividida em duas classes distintas: os simples que, de modo inconsciente, recor dam o mundo antes da malicia humana, e os astutos, que negam tudo para não serem classificados entre os tolos. Os primeiros têm a fé como companheira; os segundos, o medo de serem enganados; eles são os extremos cujo termo médio é representado pelos iluminados que esta vam e estão sempre presentes em todos os países, em todas as raças, em todas as épocas, para agir na escuridão da jornada humana como uma tocha para a onda de criaturas que, entre vanglória, espasmos e impotência, estão a caminho de deixar on cemitérios cheios de oses onde a vaidade ergue mausoleus que parecem eternos e que, na visão da eternidade, não passam de um raio de luz!

Hermes, nos antigos aforismos mágicos, patrimônio de eterna revelação divina, ensina que, para familiarizar-se com um cão, é necessá rio nos transformarmos em cão, um aforismo ou dogma misterioso que deve ser interpretado de maneira literal: vamos nos tornar um deus, um anjo ou demônio se procurarmos a amizade de deuses, anjos ou demônios e, para ter um relacionamento com a alma dos mortos, precisamos viver a vida dos mortos.

As antigas escolas de iniciação, dos caldeus aos egípcios, e destes aos templários e seus herdeiros, não aceitavam um discípulo sem testar sua coragem e sua fé. Estou me referindo a testes com fogo, resistência à ten- tação do desejo, coragem para não ceder diante de aparições assustadoras.

Tenho certeza de que chegaria lá, apesar de todos os pesadelos que os sacerdotes tiveram de enfrentar nos dias de outrora. Mas há um monstro que precisamos derrotar antes de bater a porta do oculto. Esse ogro do jovem consciente é chamado de opinião pública.

Não temos medo de monstros, do fogo, dos elementos, mas, como resultado da corrompida formação social de nossa época, podemos ter medo do que as pessoas pensarão a nosso respeito se nos virem mergulhados em um livro”maluco” ou nos deixando levar pelas manias dos loucos! Esse é o momento fatal.

Se somos indiferentes ao desprezo das pessoas, se, entre o equilíbrio da razão bem definido e as palavras das pessoas que zombam de nós, somos fortes o bastante para nos separarmos do mundo, começa remos a ser: começaremos a viver nossa própria vida; começaremos a ser vitoriosos sobre a maioria numérica das ilusões e veremos que o quadro muda assim que nosso génio toca nossa testa e mostra as pessoas que somos superiores à natureza vulgar.

As ações do discípulo só devem ser avaliadas pela premissa da liberdade, pelo julgamento equilibrado que traz a intuição do nível de perfeição do espírito humano.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.65-66.

Segunda Parte

Preparação

O Amor por Maria Madalena

“Os antagonistas de ambos os lados recorreram à técnica polêmica de escrever literatura originária, comprovadamente, da época dos apóstulos e de professar as concepções dos apóstolos originais sobre o assunto. Como observamos antes, o Evangelho de Filipe fala da rivalidade entre os discípulos homens e Maria Madalena, nele descrita como a companheira mais íntima de Jesus e o símbolo da Sabedoria divina:

(…) e a companheira [do Salvador é] Maria Madalena. [Mas Cristo a amava] mais que a [todos] os discípulos e  costumava beijá-la [com frequência] na [boca]. O restante [dos discípulos ficava ofendido com isso (…)] Eles lhe disseram: “Por que você a ama mais que a todos nós?” O Salvador respondeu e disse: “Porque eu não amo vocês mais do que [eu a amo]?”.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 71-72.

Capítulo: 3- Deus Pai / Deus Mãe.

Concepção Literal da Ressurreição

“Mas os cristãos gnósticos rejeitaram a teoria de Lucas. Alguns gnósticos chamaram a concepção literal da ressureição de “fé dos tolos”. A ressurreição, insistiram, não era um evento único no passado: ao contrário, simbolizava como a presença de Cristo poderia ser vivenciada no presente. O que importava não era a visão literal, e sim a espiritual.

(…)

Mas o verdadeiro discípulo pode nunca ter visto o Jesus terrestre, por ter nascido na época errada, como disse Paulo de si mesmo. Entretanto, essa deficiência física pode tornar-se uma vantagem espiritual: essas pessoas, como Paulo, podem encontrar Cristo primeiro no nível da vivência interna.”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 10-11.

Capítulo: 1- A Controvérsia Sobre a Ressurreição de Cristo: Acontecimento Histórico ou Símbolo?

Instrução e Expansão

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; por tanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos acoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles e aos gentios. Mas, quando vos entregarem, não vos de cuidado como, ou o que haveis de falar, porque na quela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

“E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu nome, mas aquele que per severar até o fim será salvo.

“Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem. Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

“Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se. O que vos digo em trevas, dizei-o na luz; e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados.

“E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

“Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.

“Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei tam bém diante de meu Pai, que está nos céus.

“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.

“Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo em qualidade de justo, receberá galar dão de justo.

“E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.”

E, aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.”

Mateus 10:16-11:1

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 234-235.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Discípulo Simão

(…) por que Jesus chamou Simão (como também vários outros discípulos iletrados) para ser um instrutor quando este não havia recebido sequer uma formação rudimentar nos ensinamentos espirituais? Aqueles que se tornaram apóstolos certamente não foram escolhidos com base em credenciais acadêmicas. Jesus havia instruído Simão nos princípios do discipulado e do conhecimento de Deus em seu relacionamento numa encarnação anterior – algo que Simão, de imediato, não se recordava. Jesus podia ver as realizações espirituais de Simão nos registros astrais do cérebro desse discípulo; assim, baseando-se nessa certificação, ele reconheceu e escolheu Simão para ser o principal de seus missionários.

(…) A eloquência espiritual não é tanto uma questão de dicção, mas de magnetismo da alma, resultante de uma vida virtuosa e da comunhão interior meditativa com Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 429.

Capítulo 23: Pescadores de Homens.

Grupo de Discípulos

“Quando grandes mestres vêm à Terra, trazem consigo um grupo seleto de adiantados discípulos de vidas passadas para que os ajudem em sua missão e para que possam promover ou concluir o pre paro desses discípulos para a libertação.

(…)

(…) a receptividade de uma pessoa comum entre as multidões é limitada; ela pode satisfazer-se meramente com alguma ideia ou certos preceitos que integrem os ensinamentos do mestre, como sendo tudo o que ela deseja ou sente ser necessário para progredir adequadamente em seu determinado e tágio de evolução.

(…)

Gurus enviados por Deus sentem intuitivamente as vibrações espirituais de seus discípulos, estejam eles próximos ou distantes; e quando um guru mentalmente chama seus discípulos, eles vêm, atraídos pela sintonia espiritual com o mestre – o instrumento da graça divina designado por Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 203-204.

Capítulo 9: Jesus encontra seus primeiros discípulos.

Timóteo e Tito

“TIMÓTEO, oriundo de Listra, na Lacaônia, é filho de pai grego e de mãe judia. É discípulo de Paulo e seu companheiro de viagem. A seguir é colocado à frente da comunidade de Éfeso.”

(…)

“TITO é também um grego, colaborador de Paulo. Este lhe escreve para lhe dar conselhos sobre a organização das comunidades da ilha de Creta. Esses conselhos são semelhantes aos da Primeira Carta a Timóteo.”

(…)

“Enfim, a Segunda a Timóteo é uma carta em que o apóstolo, novamente prisioneiro e pressentindo já o martírio, dá aos seus discípulos suas últimas recomendações. É quase um adeus; tudo respira uma profunda emoção nessa
carta.”

Bíblia Sagrada Ave-Maria: Edição revista e ampliada. Edição Claretiana Editora Ave-Maria, Editora Ave-Maria, 2012. Versão Kindle, Posição 1250 -1257.

Sentado no Monte Mamilch

“Enquanto ele ainda estava sentado no Monte Mamilch e ensinando a seus discípulos, vimos uma nuvem que o obscureceu e a seus discípulos: E a nuvem o levou ao céu, e seus discípulos estavam deitados com seus rostos sobre a terra.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 580.