“A erudição é uma coisa bonita, sou o primeiro a admitir esse fato, mas não basta; um estudo adequado da natureza leva mais rapidamente ao objetivo final que a leitura de livros.
Mas como se deve conduzir esse estudo? É aqui que cabe falar de organizações iniciáticas.
Hoje, os métodos de ensino são diferentes. O homem em busca de evoluir por conta própria é considerado outsider e logo recebe o epíteto – lisonjeiro para quem é capaz de apreciá-lo – de “original”.
O objetivo dos ensinamentos antigos era quase exclusivamente “originalizar” as pessoas. A educação moderna, ao contrário, tende a agrupar o conhecimento em grandes classes. Portanto, ai dos outsiders!
1) Instrução pessoal.
2) Instrução por meio das sociedades esotéricas.
A instrução pessoal é o único tipo realmente útil; o trabalho em qualquer sociedade deve se limitar a orientar o postulante. Adquirimos esse aprendizado estudando a natureza ou os livros, depois de estar de posse de certos fatos.
Esses fatos formam a base de todas as iniciações, e o presente tratado tem apenas um objetivo: facilitar ao máximo a tarefa dos candidatos e iniciadores.
(…)o pesquisador consciencioso sempre hesita em seguir os conselhos dos livros, e um guia vivo parece-lhe preferível a todas as bibliotecas do mundo.
É então que ele procura as sociedades iniciáticas.
A maçonaria (…) possui símbolos e segredos muito elevados, mas que seus membros ignoram: eles perderam a chave que revela o significado da palavra misteriosa INRI, e os maçons da Rosa-Cruz continuarão a sofrer por sua perda.
A luz que a maçonaria promete aos adeptos, sob o selo do mais estrito dos juramentos, só pode ser dada àqueles que já são suficientemente eruditos para adquiri-la por conta própria e que, após tê-la adquirido dessa maneira, não precisam fazer um juramento contrário à sua liberdade.”
PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.268-270.
Capítulo 11