Destino de um homem

“(…) um indivíduo, estudado do ponto de vista físico e intelectual, entra no mundo físico com qualidades peculiares à sua personificação. Está representado aqui o que é chamado o destino de um homem.

(…)

a) Hereditariedade fisica;

b) Circunstâncias climáticas e astrológicas;

c) Educação humana;

d) Vontade ou força volitiva;

e) A resistência do meio ambiente à vontade do indivíduo;

f) Perseverança da atividade volitiva;

g) A inteligência ou espírito de luz intelectual.

É necessário educar e reconstruir sua consciência, despojando-a de qualquer influência à qual seja subserviente.

A chave mestra para a meta educativa de nossa personalidade há de ser encontrada nesta purificação da consciência das brumas das convenções humanas. Só então o noviciado hermético começa a produzir seus frutos – é quando a consciência está livre para perceber uma dupla corrente:

1. A corrente sensorial, ou psíquica, que vem da periferia.

2. A corrente instintiva, que começa a remover as tendências do homem antigo que está em nós.

“Conhece a ti mesmo” é precisamente a iniciação à luz, a purificação de tudo que é artificial ou”criado pela metade”, e que a ignorância social humana nos impingiu.

O inconsciente, o subconsciente, o subliminar pertencem àquele campo astral (astral = preto, sem luz) que está em nós, a partir do qual brotam, vez por outra, muitas desordens e as mais inconcebíveis mara- vilhas: o clarão do gênio e o paroxismo da loucura.

Identifique esse campo como um núcleo, uma entidade, uma pes- soa e você vai encontrar uma unidade histórica de seu espírito ao longo de todas as suas vidas passadas. A palavra científica para este indivíduo histórico, que é nossa alma solar envolta em uma nuvem de névoa negra, ainda não foi inventada, porque a personalidade histórica em nós não é apenas alma, espírito ou puro sopro, mas toda uma atividade especial, que chega à nossa consciência como gente viva e gente vegetando, como chega o ponto para os atores de uma comédia nos momentos mais críticos de esquecimento e importência.

O triângulo duplo, ou seja, a penetração dos dois (C), de modo que o nível (A'”) é fixado na interseção central dos lados dos triângulos, é o mago, um homem integrado entre uma consciência externa aparente (triângulo na vertical) e a parte oculta de sua consciência (triângulo invertido), que fica no lugar do Deus oculto, com todos os seus poderes.

O inconsciente e suas intenções se manifestam por meio de ações espontâneas, que brotam sem controle consciente e volitivo.

O homem consciente, o inibidor: que por meio de sua educação, das ideias nele incutidas, do meio em que vive e de seu respeito pelas leis civis, morais, penais e religiosas, suprime qualquer manifestação da personalidade histórica, assim que essa personalidade diverge da vida em conformidade com as reações do caráter externo e consciente.

Esse obstáculo censor, seja ele preexistente ou recente, é uma enorme ponte que desvia o homem comum das tentativas com experimentos mágicos, já que o obstáculo não é apenas espiritual, no sentido comum da palavra, mas tem influência sobre toda a vida psíquica e mental, influenciando o sucesso na vida prática ao funcionar como um poder inibidor do raciocínio, às vezes instintivo, marcado com mais frequência pela sentimentalidade, com uma centena de faces diferentes e de origem imitativa.

(..) Fui, sum, ero [eu fui, eu sou, eu devo ser].

Bem, essa voz, de natureza essencialmente hermética, deve responder Eu não sou tu, mas não sou um estranho para ti. Estou em ti para o teu bem, e não sou tu.

O sábio desconhecido está se aproximando.

Hermes é o nome grego do Mercúrio latino. Nebo, Hermes, Mercúrio, Lúcifer, Espírito Santo são sinônimos para a mesma condição da inteligência humana, cujas leis secretas ainda são proibidas aos homens.

(…)

A mente humana (se penetrarmos hermeticamente nesta função) identifica-se com uma mente universal fora do tempo, extraindo dela uma virtude que se transforma em poderes miraculosos, embora só sejam milagres para as multidões que ignoram a lei universal.

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.137-144.

Segunda Parte

Inteligência, Força e Criação

A guerra e os espíritos malignos em nós

“A guerra enlameou a nossa excelsa equanimidade científica, patenteou na sua crua nudez a nossa vida pulsional, soltou os espíritos malignos que em nós habitam e que supúnhamos definitivamente dominados pelos nossos impulsos mais nobres, graças a uma educação multissecular.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.55.

Caducidade (1915)

Scholé, ou seja, ócio

“Na Grécia Antiga, escola se chamava scholé, ou seja, ócio. Hoch-schule é, assim, ócio superior, áureo. Hoje não é mais um ócio áureo. Ela mesma se tornou em lugar de produção que produz capital humano. Em vez de formar e educar culturalmente, forma profissionalmente. A educação não é um meio, mas um fim em si. Na educação, o espírito se relaciona consigo mesmo, em vez de se subordinar a fins externos.

HAN, Byung-Chul.O desaparecimento dos rituais: Uma topologia do presente. Ed. Vozes, 2021, Local 611.

Festa e Religião

Falta Pragmatismo do Sistema onde estamos “presos”

“As escolas e faculdades ensinam praticamente tudo,
exceto os princípios de realização pessoal. Eles exigem
que jovens, homens e mulheres, passem de quatro
a oito anos adquirindo conhecimentos abstratos, mas não os ensinam o que fazer com esse conhecimento depois de tê-lo.”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.14

Alienação sistêmica

“Como disse antes, faço com que as pessoas comecem a alienar-se ainda durante a sua juventude. Eu as induzo a alienarem-se por meio das escolas, sem elas saberem que ocupação elas desejam seguir na vida. Aqui, pego a maioria das pessoas, tal como os hábitos. Aliene-se em uma direção e em breve você estará alienado em todos os segmentos.”

“Faz parte do seu negócio treinar crianças no hábito de alienar-se, induzindo-as a ir para a escola sem propósito ou objetivo.”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.62.

Igrejas e escolas (Medo e Ignorância)

“Esta é a explicação exata de como controlo 98% das pessoas do mundo. Assumo o controle das pessoas durante sua juventude, antes que eles tenham o controle de suas próprias mentes, usando aqueles que são responsáveis por elas. “

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.63.

 

Pensar de forma independente

“Os professores me ajudam a ganhar o controle das mentes das crianças não tanto pelo que ensinam a elas, mas muito mais pelo que eles não ensinam. Todo o sistema de escolas é administrado de forma a, estrategicamente, ensinar às crianças quase tudo, exceto como usarem as suas mentes a pensar de forma independente.

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.65.

Tríplice Natureza

“A educação mental correta deveria dar a cada indivíduo pelo menos o bom senso para discernir quais métodos adotar de modo a cumprir uniformemente todos os deveres físicos, mentais e espirituais estimados como necessários para trazer verdadeira felicidade. É infrutífera a disposição mental que torna unilateral o indivíduo – material, intelectual ou espiritualmente. O cumprimento de um dever não precisaria excluir outros deveres importantes. A unilateralidade é uma fórmula segura para o infortunio. Ela cria uma dolorosa escassez nos outros aspectos de nossa tríplice natureza.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 472.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Missão de Maria

Por que motivos os Mestres Siderais escolheram o espírito de Maria para ser mãe de Jesus? RAMATIS:- O Alto escolheu Maria para essa missão porque se tratava de um espírito de absoluta humildade, terno e resignado, que não iria interferir na missão de Jesus. Ela seria a mãe ideal para ele, amorosa e paciente, sem as exigências despóticas dos caprichos pessoais; deixando-o enfim, manifestar seus pensamentos em toda sua espontaneidade original. Aliás, ainda no Espaço, antes de Maria baixar à Terra, fora combinado que as inspirações e orientações na infância de Jesus seriam exercitadas diretamente do mundo invisível pelos seus próprios Anjos Tutelares.

(…)

Maria era todo coração e pouco intelecto; um ser amorável, cujo sentimento se desenvolvera até à plenitude angélica. No entanto, ainda precisaria aprimorar a mente em encarnações futuras para completar o binômio “Razão-sentimento”, que liberta definitivamente a alma do ciclo das encarnações humanas. Ademais, além de participar do programa messiânico de Jesus, ela também resolvera acolher sob o seu amor maternal algumas almas a que se ligara no passado, a fim de ajudá-las a melhorarem o seu padrão espiritual.

(…) havia sido combinado no entre os participantes mais íntimos da missão de Jesus, que ele teria de despertar suas próprias forças espirituais e sentimentos angélicos na carne, livre de quais quer influências educativas alheias. Todavia, ser-lhe-ia proporcionado um ambiente familiar pacífico, compreensivo e seguro, para não lhe perturbar a infância. Em face da contextura espiritual superior de Jesus, os apóstolos e cooperadores de sua obra messiânica ainda eram incapacitados para traçar-lhe diretrizes melhores das que ele já planejara no imo de sua alma.

(…)

Nem sempre os rasgos de genialidade o os arroubos extraordinários dos filhos incomuns são motivos de ventura para os pais. As vezes contundem arrebatamentos de sabedoria com excentricidades inexplicáveis. O certo é que Jesus, embora fosse um menino dócil, respeitoso e algo tímido, era um Espirito de estirpe sideral muito acima do mais alto índice de inteligência e capacidade do homem terreno. Por isso, mesmo no período de sua infância, ele não se submetia aos padrões o preconceitos comuns da época, porque suas reações mentais e emotivas ultrapassavam as convenções comuns e o provincianismo do povo judeu.

(…) suas atitudes francas e corajosas punham em choque até o espírito compreensivo de seus pais e semeavam indecisões entre os rabinos da Sinagoga. Muitas vezes, os adultos ficavam confusos ante a solução inesperada de um nível de justiça acima do entendimento comum, que o menino Jesus expunha em suas dissertações vivas e eloquentes.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 89-94.

Linguagem Baseada em Necessidades

(…) “Ela requer uma mudança que nos distancia da avaliação moralista da Infância (em termos de certo/errado, bom/mau), e nos aproxima de uma linguagem baseada em necessidades. Precisamos conseguir dizer às crianças se o que elas estão fazendo está em harmonia com nossas necessidades, ou em conflito com elas – mas fazê-lo de tal forma que não estimulemos a culpa ou a vergonha nos mais jovens. Vamos dar um exemplo: “Fico com medo quando vejo você bater no seu irmão, pois preciso que as pessoas da família estejam em segurança” ao invés de “É errado bater no seu irmão”. Ou em outra circunstância, em vez de afirmar “Você é um preguiçoso porque não arrumou o quarto”, dizer “Fico frustrado quando vejo que sua cama não está arrumada porque preciso de apoio para manter a casa em ordem”,

Essa mudança de linguagem que evita a classificação do comportamento da criança em termos de certo e errado, bom e mau, e procura se concentrar nas necessidades – não é fácil para aqueles que foram educados por professores e pais pensar em termos de julgamentos moralistas. (…)”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 20