Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Atraso Moral Terrestre

“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré -históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do
seu infeliz orgulho.”

Nota pessoal: Sistema de Capela “reconforto com as víceras”.

(…)

“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”

Nota Pessoal: Exilados de Capela

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 27-28.

Verdadeiro Eu

“Com uma extraordinária ausência de egoísmo, Jesus confirma a seus inimigos a identidade de seu verdadeiro Eu, deixando que eles próprios a declarem. (Ver também Marcos 14:62, onde Jesus simplesmente responde: “Eu o sou“.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 377.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Se Me Servir, Meu Pai o Honrará

“E Jesus lhes respondeu, dizendo: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se me servir, meu Pai o honrará” (João 12:20-26).

(…)

Uma existência egoísta focalizada na preservação do próprio ego – apegado ao corpo e afeiçoado a todas as coisas temporais – constitui uma cerca mental que impede a alma de se expandir no Espírito.

(…)

Todo devoto que esteja em sintonia comigo estará presente na esfera da Consciência Crística, onde sempre habito, e será reconhecido e elevado pelo Pai – a Consciência Cósmica Transcendente.

Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome” (João 12:27-28).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 196-197

Capítulo 66 : “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

O Senhor da Vinha e a Consciência Crística

Em uma parábola simples que encerra verdades metafísicas, Jesus relata como, no princípio de um incomensurável ciclo da criação universal, o “Pai de Família” Cósmico criou esta Terra como uma fértil vinha em que Seus filhos humanos – as almas, um reflexo de Seu próprio e único Ser – destinavam-se a trabalhar como “lavradores” a fim de cultivar os frutos da libertadora sabedoria e com eles deleitar-se. O Senhor cercou a vinha terrena com a aura de Suas vibrações divinas, cavou na consciência humana um lagar de intuição e edificou ali uma torre de visão espiritual. Depois disso entregou essa vinha aos cuidados de Seus lavradores – as almas encarnadas – e “ausentou-se para longe“, ou seja, ocultou-Se no plano transcendente da Consciência Cósmica pela duração daquele ciclo da criação.

Chegando o tempo dos frutos” – quando Deus esperava que os lavradores das videiras da sabedoria a quem arrendara a frutífera vinha colhessem a safra de muitas experiências belas –, Ele enviou Seus profetas para coletar desses lavradores uma parte de sua colheita de amor e gratidão fertilizada pela sabedoria. Mas as pessoas da Terra, cuja prístina consciência espiritual se havia degradado sob a influência da ilusão, recusaram-se a aceitar os mensageiros de Deus e os rejeitaram com violência. Muitos outros profetas enviados à Terra foram igualmente caluniados e assassinados. Um deles veio na forma de João Batista e também foi tratado de modo vergonhoso.

Por último, o Senhor da vinha resolveu enviar às pessoas ingratas e cruéis da Terra Seu reflexo único em toda a criação vibratória – O Filho ou Consciência Crística – manifestado na forma de um avatar. Deus esperava que tais pessoas ingratas demonstrassem reconhecimento a Ele, reverenciando Seu filho. Entretanto, elas estavam embriagadas com a ilusão. Em sua perversidade, desejaram desfrutar as bênçãos da Terra sem a interferência dos preceitos orientadores de Deus ou de Seus emissários. Apesar da evidência de que esse filho era “o herdeiro“, um autêntico representante de Deus em quem a consciência divina estava plenamente manifestada, eles o mataram com a expectativa de “apoderar-se de sua herança, ou seja, de governar a Terra de acordo com seus próprios desejos, em vez de fazê-lo segundo os princípios da retidão.

É evidente que nesse caso Jesus se referia a si próprio, profetizando sua crucificação – o ponto culminante do mau tratamento que havia recebido dessas pessoas egotistas que ocupavam cargos de autoridade – e também o inevitável resultado de tais atos: o Senhor da vinha da Terra, por meio da Lei Cósmica, puniria os responsáveis pelo mal causado a Seu filho e daria a vinha a outros arrendatários que tentariam cultivar os frutos da sabedoria e oferecê-los em agra decida adoração. (…) “entenderam que falava deles“.

Outros lavradores” – aqueles que entregariam ao Senhor Vinha “os frutos a seu tempo” – é uma referência às gerações futuras de devotos que reverenciariam a vida exemplar de Jesus e seus ensinamentos. Por meio da devoção à Consciência Crística manifestada nesse filho divino, eles colheriam de seu trabalho na vinha da Terra uma profusa safra de sabedoria divina: a percepção do reino divino presente dentro deles – uma região de tão abundante bem-aventurança que eles voluntariamente devolveriam ao Senhor, na forma de louvor e adoração, os frutos que haveriam de colher.

Jesus prosseguiu, profetizando que a Consciência Crística – rejeitada por aqueles que haviam edificado sua própria civilização – seria a pedra angular utilizada na construção do templo de uma vida celestial sobre a Terra.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 182-183.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.

A Espera do Messias

“Do ponto de vista sociológico, os vícios e práticas degradantes haviam se popularizado entre as massas, com os padrões morais bem próximos da licenciosidade. Até nos tribunais havia intriga e crime. O poder governante estava dividido entre duas classes, a nobreza e o clero. A nobreza só buscava a gratificação mais baixa dos sentidos, tentando manter-se dentro da lei apenas o suficiente para lhes permitir alcançarem seus propósitos egoístas. A maioria dos nobresa professava pertencer à seita dos saduceus. Por outro lado, a classe sacerdotal dos fariseus, conhecidos como “os puros, os separados”, porfiava constantemente em seu determinado esforço de manter o poder e impor a estrita aderência à letra de suas leis. Os saduceus eram seus inimigos especialmente quando eram favorecidos por qualquer tipo de cargo ou posição.

As massas eram oprimidas e mantidas na ignorância de sua verdadeira condição; mas acreditavam haver uma possibilidade de se sublevarem pela vinda de um grande líder. Não é de surpreender que essas pessoas, em sua maioria incultas e inexperientes, aderissem a qualquer movimento que lhes permitisse livrar-se dos grilhões ou lhes desse oportunidade de subir a alturas que eles apenas sentiam em sonhos. Por consequência, os incultos e desfavorecidos seguiam líderes e princípios que os colocavam em situação grave e de grande desapontamento. A grande esperança era a de que o esperado Messias modificasse essa situação de sofrimento, estabelecendo a coesão e união do povo de Israel. Como isto ocorreria ninguém sabia: somente os pretendentes que encabeçavam os falsos movimentos tentavam dar uma explicação.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 46-47.

Psicofonia Sonambúlica

“Lembrava um fidalgo antigo repentinamente arrancado ao subsolo, porque os fluídos que o revestiam eram verdadeira massa escura e viscosa, cobrindo-lhe a roupagem e despedindo nauseabundas emanações.”

“(…) naquele rosto patibular, parecendo emergir dum lençol de lama, alinhavam-se a frieza e a malignidade, astúcia e o endurecimento.

“Foi um fazendeiro desumano – esclareceu nosso orientador amigo. – Desencarnou nos últimos dias do século XVIII, mas ainda conserva a mente estagnada na concha do próprio egoísmo. Nada percebe, por enquanto, senão os quadros interiores, criados por ele mesmo…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.