Os místicos e os falsos doutores

“(…) há somente duas categorias de pessoas: os místicos e os falsos doutores que professam teorias que não estão ao alcance de todas as mentes.

(…)essa coisa que todos possuem e que ninguém pode explicar, ou seja, a alma interior da criatura humana, rica em virtudes e insondáveis mistérios.

Tu, oh Morte, és a solução para o enigma espiritual dentro do homem vivo e dentro das ocultas profundezas de sua desconhecida alma.

O iniciado tem de vencer a morte e ultrapassar a escravidão da inexorável lei. O iniciado enfrenta apenas o problema da continuidade da consciência, da travessia do rio do esquecimento, Lethe, continuando sem interrupção seu sonho de integração com poderes divinos.

Mas o problema do Além só será resolvido por aqueles capazes de atingir um conhecimento de si mesmos, isto é, da estrutura, da anatomia e da “química” de suas próprias almas.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág. 21-23.

Um apelo aos que aspiram à Luz

Liberdade

“Uma dessas questões é a possibilidade de que o que se sente como liberdade não seja de fato liberdade; que as pessoas poderem estar satisfeitas com o que lhes cabe mesmo que o que lhes cabe esteja longe de ser “objetivamente” satisfatório; que, vivendo na escravidão, se sintam livres e, portanto, não experimentem a necessidade de se libertar, e assim percam a chance de se tornar genuinamente livres.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 332.

Capítulo 1 | Emancipação

Mente Escravizada

“Cristo utilizou uma metáfora dramática para enfatizar que, se a mente está escravizada por desejos que surgem de qualquer percepção sensorial (“olho”) ou ação sensorial (“mão”), a imagem divina da alma no interior do homem é profanada, levando-o a esquecer Deus. Nada nesta vida, não importa quão agradável seja, tem algum valor nem produz felicidade duradoura se a pessoa permanece ignorante de Deus. Sem conhecê-Lo, a vida se converte num “inferno”de insegurança, com desastres imprevisíveis e dolorosos problemas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 519.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Negros do Brasil e Os Alicerces da Fraternidade

“A filantropia dos brasileiros cedo começou o movimento abolicionista, e a prova da profunda assistência espiritual que acompanhava essas ações na Pátria do Evangelho é que nunca teve o Brasil um código negro, à maneira da França e da Inglaterra. E a verdade espiritual, que paira acima das considerações de todos os historiadores, é que Ismael preparou aqui a oficina da fraternidade, onde os negros incompreendidos vinham erguer a pátria da sua descendência. Se sofreram nas mãos de alguns escravocratas impiedosos, seus prantos e sacrifícios iam florescer ao tênue rocio das bênçãos do céu, na terra do Evangelho, clarificando-lhes, mais tarde, os caminhos, quando seus corações resignados e sofredores se dilatassem, na alma fraterna dos filhos e dos netos.”

Xavier, Francisco Cândido / Humberto de Campos. Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1938, pp. 76-77.