A obra do mago é dupla

“No ocultismo, ou melhor, na magia, a obra do mago é dupla: primeiro, entrar em contato, por todos os meios possíveis (sinais gráficos, visões, audição, intuição), com o outro mundo; e, em segundo lugar, mover-se ativamente nesse mundo para obter reações e efeitos na vida real cotidiana. Nada disso é feito quando estamos dormindo, hipnotizados ou magnetizados; é feito em um estado de exaltação extranormal ao qual nenhum desses três estados corresponde; a sensibilidade da pessoa fica, na realidade, estimulada ao máximo Nas manifestações mediúnicas, o médium é passivo. Em operações mágicas, o mago é ativo e cada mago tem seu modo especial de operar e estimular sua sensibilidade – mas definitivamente sem empregar o sono.

(…)O operador entra em um êxtase particular onde não apenas sofre as manifestações, mas as governa, dando-lhes força.

O homem tem de lutar com todas as suas forças para integrar os poderes e virtudes de sua personalidade latente, sonolenta e distraída, diante da nova personalidade que lhe é imposta pela sociedade em que vive.

Ele não deve ser místico por excesso de espiritualidade ou embrutecido pela preponderância do que há de mais grosseiro em sua conduta. Assim, evoluindo devagar, ele entra na esfera da mag: um estado do ser que não pode ser compreendido por aqueles que não o experimentam.

Mag é poder do transe ativo. (…)

(…)

Dito isso, por uma questão de clareza, aconselho os iniciantes a escolher com cuidado o período em que vão começar seu trabalho. Aconselho o período da lua crescente e, principalmente, as lunações em novembro e dezembro ou, melhor ainda, os dois signos de Escorpião e Capricórnio, para tentar as primeiras operações sob Áries (abril) e as mais difíceis em Virgem, alcançando o equilíbrio em Libra.

1. Cultive sua própria mente;

2. Trabalhe em direção à perfeição em si mesmo;

3. Entre em contato com os seres invisíveis ao seu redor;

4. Penetre nas leis que governam cada realização terrena;

5. Prepare o progresso espiritual da humanidade com todas as suas forças;

6. Fortaleça os laços de fraternidade.

Esse é o credo científico e humanitário do ocultismo, mas não é um programa para uma vida, e sim para séculos.

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.131-137.

Segunda Parte

Inteligência, Força e Criação

A criação do cristianismo

(…)a joia de Valentino, Pistis Sophia

A Involução dos Princípios Celestiais que Constituiram os Indivíduos Terrestres Criadores do Cristianismo.”

“O homem possui, em si, o princípio da própria ascensão. Pode, valendo-se de diversos meios, unir seu espírito imortal a virtude celestial que o acompanha ao longo da vida de seu corpo físico e tornar-se o que Valentino descreve como partícipe de primeiro mistério, o que os católicos chamam de santo, o que as escolas iniciáticas do grau elementar consideram chrestos ou christos; ele não renascerá mais e alcançará o “Nirvana”, como diriam as escolas orientais e bramânicas.

Toda evolução pressupõe uma ou duas involuções, e todo homem que se torna
Deus precisa, antes, de um Deus que tenha se tornado homem, assim como a evolução do alimento nos intestinos exige a descida de duas forças de origem superior: O sangue e a energia nervosa.

Por ignorar que a corrente de sacrifício e amor precede o difícil caminho para a iniciação e a evolução da alma humana é que as iniciações naturalistas orientais acreditar que “o estado de Cristo” se situa em um plano psicológico de existência que qualquer homem pode atingir sem o esforço constante do Princípio do Cristo celestial, o único capaz, por meio da involução de reconduzir para si almas evoluídas.

Assim como os cometas (…) aparecem em certas épocas para devolver a vida aos centros superiores dos sistemas solares, é preciso que ocorra, fora da corrente constante da involução e evolução perenes das almas humanas, uma grande descida Divina em determinados períodos, seguida de uma grande ascensão de almas, para dar a Deus a oportunidade de manifestar seu amor absoluto e acelerar a reintegração de toda a humanidade.

Não conseguir ver a Virgem de Luz, o Cristo e outros princípios como individuos celestiais é parar no meio do caminho, imobilizar-se no plano mental que conduz ao panteísmo materialista; é fechar voluntariamente os olhos para a existência do plano celestial, que as virtudes do coração, o amor e a prece alcançam muito mais rapidamente que os poderes mentais, a crítica e o raciocínio.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.195-196.
Capítulo 8

Evolução das raças

“Terão as raças amarela, vermelha, negra e branca completado sua evolução no mesmo planeta onde cada continente é apenas a cristalização de outro planeta?

(…)

Da raça ocidental, raça vermelha que empunhou o cetro da civilização na Terra antes da negra (…) no Egito, onde a raça vermelha fundou a colónia atlântica após a grande catástrofe e transmitiu as outras raças as altas verdades da iniciação. Só agora nós no Ocidente estamos começando a entender que o Egito era uma colônia de vermelhos, cujas mais belas realizações foram encontradas no Peru.

O colapso de Atlântida fez com que o cetro do poder passasse para as mãos da raça negra, que logo conquistou toda a terra habitada. Nasceu, então, a raça branca, nas proximidades do Polo Norte.”

O Egito, conforme veremos adiante, preservou quase intacta a antiga tradição atlântica da raça vermelha (…).

(…) a horda de invasores asiáticos deve ter ameaçado o Egito por volta de 2600 a.C., durante a décima terceira dinastia. Com efeito, foi então que os sacerdotes, percebendo o perigo e antevendo suas consequências, criaram os grandes mistérios, a fim de impedir que a pura tradição vermelha fosse corrompida.

(…)

Os celtas bodones, que por muito tempo haviam sido senhores da Arábia, resistiram quanto puderam, mas agora precisavam ceder ao destino, preferindo o exílio à submissão. Boa parte deles foi para a Etiópia e o restante se espalhou pelo deserto, dividindo-se em povos nomades que, por essa razão, passaram a ser chamados de hebreus.

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.156-157/164-165.
Capítulo 7

Alma planetária

“Da mesma forma que o mundo evolui para a vida de seu Universo ao criar uma alma,  que é o conjunto de todas as almas planetárias em seu interior, cada 84 planeta evolui para a alma de seu mundo ao criar sua alma planetária, que é o conjunto das almas no planeta.

(…) no instante do nascimento do mundo, já existem outros; estes passaram por diferentes etapas de evolução rumo à Unidade, isto é, há mundos mais ou menos velhos.

Assim como há planetas com diferentes idades, há continentes mais ou menos velhos em um mesmo planeta.

O objetivo de cada ser que a natureza engendra é produzir uma energia superior àquela que recebe. O mineral recebe vida terrestre e a transforma em vida vegetal por meio da evolução; o vegetal engendra a vida animal, e a vida animal engendra a vida humana.

A vida é dada ao homem para que ele a transforme em energia superior: a alma.

A alma é uma resultante.

Assim, antes de tudo, o objetivo do homem é desenvolver a alma que traz dentro de si e está apenas em forma de semente; e, se uma existência não for o bastante para tanto, muitas podem ser necessárias.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág. 64-65.

Capítulo 3

O processo da evolução cultural

“(…)desde tempos imemoriais, desenvolve-se na Humanidade o processo da evolução cultural. (Sei que outros preferem chamar-lhe «civilização».) A este processo devemos o melhor que de nós fizemos, e também uma boa parte do que sofremos. (…) As modificações psíquicas que acompanham a evolução cultural são notáveis e inequívocas. Consistem numa progressiva deslocação dos fins das pulsões e numa crescente restrição das tendências pulsionais.(…). Entre os carateres psicológicos da cultura, há dois que parecem ser os mais importantes: o fortalecimento do intelecto, que começa a dominar a vida pulsional, e a interiorização das tendências agressivas, com todas as suas consequências vantajosas e perigosas.

(…) tudo o que fomente a evolução cultural atua contra a guerra.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.74-75.

Reflexões a dois sobre o destino do mundo (1932)

“Carta de Freud a Einstein”

Toda beleza efemera

“A ideia de que toda esta beleza seria efemera suscitou em ambos, tão sensíveis, uma sensação antecipada da aflição que lhes ocasionaria o seu aniquilamento, e uma vez que a alma se afasta instintivamente de tudo o que é doloroso, estas pessoas viram inibido o seu gozo do belo pela ideia da sua indole perecível.

Imaginamos assim possuir uma certa capacidade amorosa no começo da evolução, se orientou para o próprio Eu, para mais tarde embora, na realidade, muito precocemente se dirigir para os objetos, que desta sorte ficam de certo modo incluídos no nosso eu. Se os objetos são destruídos ou se os perdemos, a nossa capacidade amorosa (libido) volta a ficar em liberdade, e pode tomar outros objetos como substitutos, ou regressar transitoriamente ao eu. Todavia, não conseguimos explicar nem podemos a tal respeito aventar hipótese alguma porque é que o desprendimento da libido dos seus objetos tem de ser, necessariamente, um processo tão doloroso. Comprovamos apenas que a libido se aferra aos seus objetos e que nem sequer quando já dispõe de novos sucedâneos se resigna a desprender-se dos objetos que perdeu. Eis aqui, pois, a pena.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.54-55.

Caducidade (1915)

Deus Ajuda a Quem se Ajuda

“Entretanto, a concentração e a visualização por si sós não são suficientes; o simples fato de alguém pensar que tem o status de um milionário não o torna um milionário. Além de pensamento positivo, é preciso ter força de vontade adamantina e fé inabalável. A vontade precisa ser tão fortalecida que, ao aplicar e coordenar todos os esfor- ços, possa converter em realidade qualquer coisa que a pessoa visua- lize. Lembre-se: “Deus ajuda a quem se ajuda”.

Nossos objetivos precisam ficar dentro dos limites da sabedoria. Quando Jesus enfatizou a fé inquebrantável como um meio de obter o que se pede em oração, ele não quis dizer que, se todos orassem e acreditassem inteiramente que no prazo de um ano seriam tão ricos como Creso, seus desejos seriam satisfeitos. Eles não poderiam mo- dificar tão prontamente seus hábitos, o karma de sua vida atual e de vidas passadas, nem as oportunidades oferecidas pelo ambiente, apenas por meio da oração e da crença, para se tornarem subitamente ricos. De acordo com as atuais condições cármicas que existem na Terra, semelhante proeza é impossível. A prosperidade humana re- quer merecimento humano e é condicionada pelo ambiente. Há um grande número de pessoas neste mundo cuja inteligência e força de vontade são superiores às de Henry Ford; entretanto, elas não vi- vem num ambiente com as mesmas características favoráveis nem no mesmo contexto cármico que tornou possível a Henry Ford acumular sua fortuna. Na realidade, é provável que hoje uma pessoa comum tenha de trabalhar arduamente durante muitas vidas antes que a lei da evolução financeira lhe permita fazer parte da classe dos milionários. Todas as realizações humanas precisam ser carmicamente obtidas, e todas as faculdades humanas dignas de mérito devem ser Há muitas outras habilidades a cultivar além da capacidade de ganhar dinheiro, muitas formas de evolução cármica mais importantes para o bem-estar da pessoa do que a evolução financeira. adquiridas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 368.

Ciclos de Evolução e Decadência

“A raça humana passa por repetidos ciclos de evolução e decadência, que constam de quatro períodos, durante os quais as faculdades mentais e morais do homem se desenvolvem gradualmente desde as trevas da era materialista até a iluminação da era espiritual, para então, através de um longo declínio, voltar a cair no materialismo.”*

*Nota: As escrituras da India identificam estes quatro períodos como Kali Yuga (a era em que a humanidade percebe apenas os aspectos físicos mais densos da criação), Dwapara Yuga (quando o intelecto humano se desenvolve o suficiente para compreender e controlar as forças sutis atômicas e eletromagnéticas), Treta Yuga (a era mental, em que os poderes latentes da mente se desenvolvem de maneira extraordinária) e Satya Yuga (a era da iluminação espiritual, quando a humanidade como um todo vive em sintonia com Deus, com as Suas leis e com os Seus planos para a criação).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 197.

Capítulo 39: “Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria”

A Bondade de Deus e As Tentações de Satã

“Deus, em Sua onisciência, deve certamente ter previsto a origem Deural nos poderes de Seu arcanjo criador, que Dele se afastavam. Mas embora a dualidade ilusória tenha sido o único meio pelo qual Deus poderia organizar um drama cósmico, de modo a deleitar -Se através de suas muitas individualidades, Ele Se assegurou de que nenhuma distorção de Seu desígnio estaria fora do alcance de Sua Bondade refletida na onipresença da Consciência Crística. Esse poder magnético do amor de Deus a seu tempo atrairia todas as criaturas de volta para Ele, através da evolução rumo ao divino despertar.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 167.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

Transformação da Consciência

“Jesus viria a cumprir tal missão inspirando o mundo com uma nova consciência, por meio do restabelecimento do verdadeiro rito do batismo pelo Espírito, a transformação da consciência pela imersão na vibração sagrada do Espírito Santo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 124.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.