“Conforme mencionado nos versículos bíblicos acima, Nicodemos era um fariseu. Josefo, historiador judeu do primeiro século, escreve sobre as crenças dos fariseus: “Eles dizem que as almas são imortais; que as dos justos passam depois desta vida a outro corpo e que as dos maus sofrem tormentos que duram para sempre” (Guerra dos Judeus Contra os Romanos, Livro 2, capítulo 12). Alguns eruditos religiosos afirmam que esta é uma referência à reencarnação; outros sustentam que é apenas uma declaração da doutrina dos fariseus sobre a derradeira ressurreição dos virtuosos. Independente disso, há ampla evidência de que muitos judeus acreditavam na reencarnação. A enciclopédia alemã Meyers Konversationslewikon declara: “No tempo de Cristo, a maioria dos judeus acreditava na transmigração da alma. Talmudistas julgavam que Deus havia criado um número limitado de almas judaicas que retornariam enquanto houvesse judeus. (…) Entretanto, no dia da ressurreição, todas seriam purificadas e ressuscitadas nos corpos dos justos na Terra Prometida.”
(…)
Em várias passagens do Novo Testamento fica evidenciado que o conceito da reencarnação era conhecido dos judeus: quando “os sacerdotes e levitas” perguntaram a João Batista: “És tu Elias?” (João 1:21, Discurso 6); e quando os discípulos de Jesus disseram: “Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas” (Mateus 16:14; ver Discurso 45, no volume II). (Nota da Editora)”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 268-269.
Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.