A Imperatriz

(…) no caso da Imperatriz só se pode dizer uma coisa: ela é a esposa do Imperador. Do ponto de vista histórico e na mentalidade da época, ela não tem outros significados importantes.

(…) poderíamos evocar a condição da mulher nas épocas medieval e moderna: uma mulher só tem valor em relação à família da qual provém e por aquilo que leva à família à qual se une.

(…) todas as mulheres de famílias nobres dessa época, eram desti- nadas a se casar já na puberdade com um esposo muitas vezes mais velho do que elas. segundo os acordos vantajosos para ambas as famílias. Era preciso desposá-las desde cedo. dados os riscos ligados à procriação (uma mulher mais velha teria menos chances de ter filhos saudáveis, e 30 anos na época já era uma idade bastante avançada). Há registros de matrimônios com meninas de 9 anos. Em seguida, a vida de uma imperatriz consistia em duas coisas, dar à luz e ser vista.

Houve imperadoras extraordi nárias, que governaram de fato. A mais célebre foi Maria Teresa da Austria (1717-1780) mas na maior parte do tempo, como muitas princesas da época, elas não fizeram história.

Significados divinatórios

“Significa que os males vêm para bem ou que aquilo que nos prejudicou se tornará ou se torna útil para nós.

(…)a geração,ação, iniciativa.

Sabedoria, discernimento, idealidade, influência intelectual do Sol.

Compreensão, inteligência, instrução, charme, afabilidade, elegância, dis- tinção gentileza. Dominação pela mente. Civilização.

Afetação, pose, pedantismo, vaidade, pretensão, desdém.

A Imperatriz representa a força fecunda da matéria colocada à disposição do homem para suas criações. A força passiva do mundo matéria.

Penetração na matéria pelo conhecimento das coisas práticas.

Pensamento fecundo.

NADOLNY, Isabelle. História do TarôUm estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 209-211.

Tradição Oral

“Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através do mecanismo das palavras. Todavia, com a cooperação dos degredados do sistema da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.”

Nota Pessoal: O salto da tradição oral para a escrita

(…)

“Suas vozes enchem todo o âmbito das civilizações que passaram no pentagrama dos séculos sem-fim e, apresentado com mil nomes, segundo as mais variadas épocas, o cordeiro de Deus foi guardado pela compreensão e pela memória do mundo, com todas as suas expressões divinas ou, aliás, como a própria face de Deus, segundo as modalidades dos mistérios religiosos.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 73-74.

Os Quatro Grupos de Base

“As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.”

(…)

“Aqueles seres decaídos e degradados, à maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos, reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.”

(…)

“As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.”

(…)

“Tendo ouvido a palavra do divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus grupos insulados, guardaram a reminiscência das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas, enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros. Eis por que as epopeias do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do sublime Emissário.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 31-32.

A Função Psicológica do Mito

“Não pode haver dúvida: os perigos psicológicos pelos quais passarem as gerações anteriores, com a orientação oferecida pelos símbolos e exercícios espirituais de sua herança mitológica e religiosa, nós, hoje (…) devemos enfrentar sozinhos ou, na melhor das hipóteses, com uma orientação experimental, improvisada e poucas vezes muito efetiva. Eis o nosso problema, na qualidade de indivíduos modernos, “esclarecidos”, que foram privados da existência de todos os deuses e demônios por meio da racionalização. Não obstante, ainda podemos ver, na multiplicidade de mitos e lendas, que chegaram até nós ou que tem sido registrados pelos confins da terra, o esboço de alguns elementos do nosso destino mais humano”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pág. 107.