“Para aqueles que não recusam o chamado, o primeiro encontro da jornada do herói se dá com uma figura protetora (que, com frequência, é uma anciã ou um ancião), que fornece ao aventureiro amuletos que o protejam contra as forças titânicas com que ele está prestes a deparar-se.
(…) Essa figura representa o poder benigno e protetor do destino. A fantasia é uma garantia – uma promessa de que a paz do Paraíso, conhecida pela primeira vez no interior do útero materno, não se perderá, de que ela suporta o presente e está no futuro e no passado (…)
(…) Tendo respondido ao seu próprio chamado, e prosseguido corajosamente conforme se desenrolam as consequências, o herói encontra todas as forças do inconsciente do seu lado”.
Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 74-76.