Ciências Psiquicas

“As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de frescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.

(…) os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 38-39.

Sujeito a Alucinações

“Embora não tenham fundamento os exagerados jejuns de quarenta dias no deserto que também lhe foram atribuídos, ele realmente socorreu-se, algumas vezes, do jejum absoluto, como delicadíssima terapêutica para conservar seu espirito no comando da carne. No se tratava de nenhuma prática iniciática ou obrigação religiosa, era apenas um recurso sublimado e admissível em entidade tão excelsa como Jesus, cuja consciência angélica ultrapassava os limites da suportação comum de um organismo humano. O jejum desafoga a circulação sanguínea dos tóxicos produzidos nas trocas químico-físicas da nutrição e assimilação, debilita as forças agressivas do instinto inferior, aquieta a natureza animal, clareia a mente e o sistema cérebro-espinhal passa a ser regado por um sangue mais límpido.

Durante o repouso digestivo, a natureza renova suas energias, restaura os órgãos enfraquecidos, ativa o processo drenativo das vias emunctórias, por onde se expulsa todos os tóxicos e substâncias prejudiciais ao organismo. É óbvio que o jejum enfraquece devido à desnutrição mas compensa porque reduz o jugo da carne e desafoga espírito, permitindo-lhe reflexões mais lúcidas e intuições mais certas.

Durante o enfraquecimento orgânico pelo sofrimento, ou jejum, as faculdades psíquicas se aceleram e lucidez espiritual se torna mais nítida, conforme se verifica em muitas criaturas prestes a desencarnar, pois recuperam sua clareza mental e rememoram os mais longínquos fatos de sua existência humana, desde a infância. A queda das energias físicas costuma proporcionar maior liberdade consciência do espirito.

(…)

Assim, o jejum também era para Jesus o recurso benéfico com que contemporizava a excessiva tensão do seu próprio Espírito na carne. Sua fabulosa atividade mental provocava excessivas saturações magnéticas na área cerebral. Seu corpo, embora sensibilíssimo e hígido em todo o seu sistema orgânico, era acanhadíssimo veículo para atender as exigências de sua extensa consciência sideral. Os neurônios e centros sensoriais permaneciam continuamente num estado de alta tensão, assim como a lâmpada modesta ameaça romper-se pela energia demasiadamente vigorosa que lhe vem da usina.

O Anjo e a entidade mais aproximada dos atributos de Deus, como sejam a Sabedoria, o Poder, a Vontade e o Amor. Em consequência, possui qualidades superiores às do tipo espiritual ainda reencarnável na Terra. O organismo físico não lhe oferecia os recursos necessários para permitir lhe uma relação perfeita entre o mundo angélico e o material. Mesmo que ele não houvesse sido crucificado aos 33 anos, não teria sobrevivido por muito tempo, pois o seu corpo carnal já se mostrava exaurido e incapacitado para atender-lhe o alto grau de suas exigências mentais. O Mestre Jesus foi, indiscutivelmente, a entidade de mais alta estirpe sideral que já desceu ao vosso orbe. A sua
consciência ampla e poderosa lutava assombrosamente para firmar-se no comando de um cérebro humano. (…) Seu Espírito, superativo e em permanente vigília, envidava heroicos esforços para abafar as energias estuantes de vida animal, que se multiplicam na esfera instintiva e tentavam dominá-lo tanto quanto ele as repelia.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 160-161.

 

Maria e o Nascimento de Jesus

“(…) um anjo visitou Maria e anunciou-lhe que ela casaria com um homem da linhagem de Davi (…) Maria contava 15 anos de idade quando seus pais, Joaquim e Ana, faleceram, com alguns meses de diferença entre os óbitos. Foi então acolhida por Simão e Eleazar, parentes de seu pai, que a encaminharam para o grupo das Virgens de Sião, no templo de Jerusalém.

(…)

Era uma jovem de raríssima beleza e avançada sensibilidade psíquica na época. Espírito dócil, todo ternura e benevolência, fortaleceu a sua juventude no ambiente monástico do templo, sem rebeldia ou problemas emotivos, no qual ainda mais aprimorou o seu alto dom mediúnico. Desde menina tinha visões espirituais, reconhecendo velhos parentes desencarnados e depois os seus próprios pais, que lhe apareciam de modo surpreendente. Em sonhos eles diziam-lhe que ela ainda seria rainha do mundo, a mediadora consagrada para um elevado anjo em missão junto aos homens.

Em sua consciência física, Maria desconhecia que também era entidade de condição angélica; e quando identificava pela sua vidência, uma belíssima criatura, ela supunha tratar- se do “anjo de guarda”, porque ele se assemelhava, fisionomicamente, às velhas oleografias dos anjo da tradição hebraica.

(…)

Embora Maria ignorasse a que estranhos caminhos o destino a levaria, as entidades que a assistiam aconselhavam-na a aceitar o viúvo José, como esposo e companheiro, pois havia sido escolhido no Espaço para a elevada missão de pai do Messias, na Terra. A tarefa desses espíritos não era isenta de decepções e obstáculos, porquanto enfrentavam a mais acirrada e furiosa investida das Sombras, na tentativa de impedir o advento de Jesus na face do orbe terráqueo. José e Maria, além de suas próprias virtudes espirituais defensivas, gozavam do prestígio e apoio de algumas falanges de menor graduação espiritual porém, vigorosas e decididas, que também se propuseram a cooperar na proteção do Salvador dos homens. E então saneavam as imediações de Belém, desintegrando fluidos mórbidos e eliminando cargas magnéticas maléficas, a fim de proteger o nascimento de Jesus sob circunstâncias satisfatórias.

Depois de casada, certa vez, achando-se em profundo recolhimento, sob o doce enlevo de uma prece, Maria, dominada por estranha força espiritual, sentiu-se fora do organismo carnal e situada num ambiente de luzes azuis e róseas rendilhadas por uma encantadora refulgência de raios safirinos e reflexos opalinos; e então, com grande jubilo, ela reconheceu, de súbito, o seu devotado anjo de guarda, que a felicitou, dizendo que o Senhor a escolhera para ser mãe de iluminado Espírito, o qual aceitaria o sacrifício da vida humana para redimir os pecados dos homens. Envolvida por um halo de perfumes, misto de doçura do lírio e da fragrância do jasmim, sentindo-se balsamizada por suave magnetismo, viu seu guia apontar-the alguém, a seu lado, dizendo-lhe que se tratava do Espírito do seu futuro filho. Maria vibrou de júbilo e quis postar-se de joelhos, quando percebeu a sublime entidade recortada num halo de luz esmeraldina, claríssima, cuja aura se franjava de tons róseos e safirinos respingados de prata a sorrir-lhe docemente. Então a entidade que seria Jesus, o Enviado do Cristo à Terra, chamou-a sob inconfundível e pelo seu “nome sideral“, recordando a Maria o compromisso de fidelidade espiritual assumido antes de ela encarnar-se. No recesso de sua alma, ela evocou o passado, sentindo-se ligada ao magnifico Espirito ali presente, e clareou-se-lhe a mente ante a promessa que também fizera de recebê-lo no seu seio como filho carnal.

O maravilhoso contato espiritual com Jesus fez Maria reavivar todas as recordações do pretérito e recrudescer lhe a saudade do seu mundo paradisíaco.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 103-105.

Mediunidade a Serviço do Bem

“(…) vemos no Planeta milhões de criaturas sob as teias da mediunidade torturante, milhares detendo possibilidades psíquicas apreciáveis, muitas tentando o desenvolvimento dos recursos dessa natureza e raras obtendo um mandato mediúnico para o trabalho da fraternidade e da luz.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Poder Interior

“Existem muitas pessoas que parecem, muito obviamente, ter algum tipo de “poder psíquico”. (…) Você pode não ser assim. Pode até sentir inveja de tais pessoas. No entanto, você não deveria sentir, pois o poder que essas pessoas têm – e trata-se de um poder muito real – é inerente a todos nós.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 49.