Ligação intensiva

“A ligação intensiva está se tornando cada vez menos importante hoje em dia. Ela é acima de tudo improdutiva, pois só os laços fracos aceleram o consumo e a comunicação.

A raposa continua: “As pessoas não têm mais tempo para conhecer nada. Elas compram tudo pronto nas lojas. Mas como não há lojas para amigos, as pessoas não têm mais amigos”.

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 1157-1159.

Coisas do coração

A verdadeira felicidade

“A verdadeira felicidade se deve ao que é vão e inútil, ao que é reconhecidamente profuso, improdutivo, desviante, excessivo, superficial, às belas formas e gestos, que não têm nenhuma utilidade e não servem para nada. Passear sossegadamente é, em comparação com o andar, correr ou marchar para algum lugar, um luxo. O cerimonial da inatividade significa: fazemos, mas para nada. Esse para-nada, essa liberdade com respeito a qualquer finalidade ou utilidade, é o núcleo essencial da inatividade. É a fórmula essencial da felicidade.

(…)

Tanto a espera quanto a dúvida são figuras da inatividade.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 106-113.

Considerações sobre a inatividade