“Atualmente, a hipótese mais difundida entre os autores contemporâneos, e que parece atestada por esse testemunho, é a de que as cartas sejam originárias do Oriente. Para confirmá-la, com frequência é citado um magnífico baralho, decorado com iluminuras do século XV, proveniente do Egito dos mamelucos e conservado no Museu Topkapi de Istambul. Esse baralho é composto por quatro sequências, nas quais sem dúvida se reconhecem os naipes de copas, espadas, bastões e denários. Essas sequências são conduzidas por três reis (lê-se malik nas cartas), subgovernadores e governadores, sendo um governador nomeado naib… (…) Entre 1345 e 1365, foram bem-sucedidos ao retomarem as relações comerciais com o Ocidente, que haviam sido brutalmente interrompidas após o saque de Alexandria, em 1365. A data da chegada do baralho ao Ocidente se situa provavelmente pouco antes. Teria sido introduzido na Europa pela Itália, talvez por Veneza, cidade que na época era muito voltada ao Oriente.”
NADOLNY, Isabelle. História do Tarô. Um estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 29.