Poder Político

II. Política –O poder efetivo sobre a Palestina está nas mãos dos romanos. Mas, em geral, estes respeitam a autonomia interna das suas colônias. A Judeia e a Samaria são dirigidas por um procurador romano, mas o sumo sacerdote tem poder de gerir as questões internas, através da lei judaica. Este, porém, é nomeado e destituído pelo procurador romano. O centro do poder político interno da Judeia e Samaria são a cidade de Jerusalém e o Templo. Com efeito, é do Templo que o sumo sacerdote governa, assessorado por um Sinédrio de 71 membros, composto de sacerdotes, anciãos e escribas ou doutores da Lei. O Sinédrio é o Tribunal Supremo (criminal, político e religioso) e sua influência se estende sobre todos os judeus, mesmo os que vivem fora da Palestina.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56380.

Vida na Palestina

“Jesus viveu na Palestina, pequena faixa de terra com área de 20 mil km2, com 240 km de comprimento e máximo de 85 km de largura. Corresponderia aproximadamente à área do Estado de Sergipe. Do lado oeste, temos o mar Mediterrâneo. A leste, o rio Jordão. A Palestina é dividida de alto a baixo por uma cadeia de montanhas que muito influi no seu clima. Com efeito, na parte oeste, o vento frio do mar, ao chocar-se com a parte montanhosa, provoca chuvas frequentes, beneficiando toda a faixa costeira. O lado leste das montanhas,
porém, não recebe o vento do mar e, consequentemente, apresenta clima quente e região mais árida. As terras cultiváveis estão na parte norte, na região da Galileia e no vale do rio Jordão. A região da Judeia é montanhosa e se presta mais como pasto de rebanhos e cultivo de oliveira.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56331.

A Descida Milenária

“Quando Moisés terminou sua missão combativa, e por vezes até cruel, no seu compromisso de codificar a ideia de um Deus único entre o povo hebreu retirado do Egito, Jesus então estabeleceu os planos para a sua descida messiânica à Terra, a fim de reajustar os ensinamentos dos seus predecessores. O profeta Isaías, tocado pela graça do Senhor e pressentindo essa “descida vibratória” do Mestre Cristão, então anuncia o seguinte: “Já um pequenino se acha nascido para nós, e um filho foi dado a nós, e o nome com que se apelidará será Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe de Paz. O seu império se estenderá cada vez mais e a Paz não terá fim” (Isaías, 9:5,6) (…) “E tu, Belém, tu és pequenina entre os milhares de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o principio, desde os dias da eternidade (Miquéias, 5:1).”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 43.

Fontes Históricas e a Personalidade Jesus

“Alguns estudiosos confiaram na referência feita por Josefo, na sua obra “Antiguidade dos Judeus” 93 anos depois de Cristo, aceitando como relato histórico da autenticidade do Mestre Galileu a seguinte passagem: “Nesse tempo viveu Jesus, um homem santo, se homem pode ser chamado, porque fez coisas admiráveis, que ensinou aos homens; e inspirado recebeu a Verdade. Era seguido por muitos judeus e muitos gregos. Foi o Messias”.

Mas, a nosso ver, as provas mais autênticas da vida de Jesus são as referências à perseguição aos “cristãos”, isto é, os seguidores do Cristo. Havendo cristãos martirizados por se recusarem a abandonar a doutrina do seu líder Jesus, cujos fatos foram registrados pela História, conclui-se que o Mestre Jesus não foi um mito, mas uma figura real, malgrado a ausência de apontamentos históricos.

(…) a carta enviada a Tibério, pelo senador Públio Lentulo, quando presidente da Judéia, narrando a existência de “um homem de grandes virtudes chamado Jesus, pelo povo inculcado de profeta da verdade e pelos seus discípulos de filho de Deus. É um homem de justa estatura, muito belo no aspecto; e há tanta majestade no seu rosto, obrigando os que o veem a amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos cor de amêndoa madura, são distendidos até as orelhas; e das orelhas, até as espáduas; são da cor da terra, porém, reluzentes. Ao meio da sua fronte, uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos. Seu rosto é cheio, de aspecto muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa e separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, resplandecendo no seu rosto como os raios do sol, porém, ninguém pode olhar fixo o seu semblante, pois se resplandece, subjuga; e quando ameniza, comove até às lágrimas. Faz-se amar e é alegre; porém, com gravidade. Nunca alguém o viu rir, mas, antes, chorar.

(…)

É inadmissível que no curto espaço de uma geração, homens ignorantes, rudes e iletrados, pudessem inventar uma personalidade tão viva e inconfundível em sua contextura moral, como foi Jesus.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 24-27.

Povo Escolhido Sujeito à Roma

Secretamente, ou em silêncio, os judeus ou os ortodoxos de Israel se ressentiam porque o centro do poder fora arrebatado da Judéia e o povo escolhido de Deus se encontrava sujeito ao governo de Roma. Esta era uma humilhação que os judeus esperavam desfazer. Israel aguardava esperançosa o dia em que seu povo subiria ao poder e o “Rei da Glória” apareceria para de novo restabelecer o poder e o reinado de Israel.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 46.