Sociedade indiferente

“E assim há também outro obstáculo: como de Tocqueville há muito suspeitava, libertar as pessoas pode torná-las indiferentes. O indivíduo é o pior inimigo do cidadão, sugeriu ele. O “cidadão” é uma pessoa que tende a buscar seu próprio bem-estar através do bem-estar da cidade — enquanto o indivíduo tende a ser morno, cético ou prudente em relação à “causa comum”, ao “bem comum”, à “boa sociedade” ou à “sociedade justa”.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 674.

Capítulo 1 | Emancipação

O indivíduo em combate com o cidadão

Nossa forma de modernidade

“Duas características, no entanto, fazem nossa situação — nossa forma de modernidade — nova e diferente. A primeira é o colapso gradual e o rápido declínio da antiga ilusão moderna: da crença de que há um fim do caminho em que andamos, um telos alcançável da mudança histórica, um Estado de perfeição a ser atingido amanhã, no próximo ano ou no próximo milênio, algum tipo de sociedade boa, de sociedade justa e sem conflitos em todos ou alguns de seus aspectos postulados: do firme equilíbrio entre oferta e procura e a satisfação de todas as necessidades.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 544.

Capítulo 1 | Emancipação

As casualidades e a sorte cambiantes da crítica

O homem exterior

“O homem exterior, por sua parte, se vê tão desassistido pelo espírito, que já não encontra coisa sobre a terra que possa recreá-lo, segundo seu instinto humano. Já não lhe resta outra consolação que Deus, que vai agindo tudo isto por amor e com grande misericórdia para satisfazer sua justiça. E entender que isto é assim lhe dá uma grande alegria e uma grande paz.

Todas estas coisas as vejo e as toco, mas não sei encontrar as palavras convenientes para expressar o que quereria dizer. O que eu disse, o sinto agir dentro de mim espiritualmente.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 630-638.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Jejum do exterior

As almas

“As almas que estão no purgatório, segundo me parece entender, não podem ter outra eleição que estar naquele lugar; e isto é assim pelo mandato de Deus, que fez isto com justiça.

(…)

De resto, tampouco podem ver a suas companheiras que ali penam por seus próprios pecados. Estão longe de ocupar-se nesses pensamentos.”

Santa Catarina de Gênova. Tratado do Purgatório, Ed. Santa Cruz, 2019, Local: 279-291.

Capítulo I – Tratado do Purgatório

Almas alheias a tudo, absortas do amor de Deus

O neoliberalismo

“O neoliberalismo, que gera muitas injustiças, não é algo muito bonito. A palavra inglesa fair significa tanto justo quanto belo. Também a palavra fagar (antigo alto-alemão) significa belo. Originalmente, a palavra fegen significa deixar brilhando. O duplo sentido de fair é uma indicação marcante de que, originariamente, beleza e justiça se sustentam na mesma ideia. A justiça é vista como bela. Há uma sinestesia especial que liga a justiça com a beleza.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 995.

Anexos: Tempo de celebração-a festa numa época sem celebração

Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes

“9 Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.* 10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas o será também nas grandes. 11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?* 12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a
um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.*

Bíblia Sagrada Ave-Maria: Edição revista e ampliada.
Edição Claretiana Editora Ave-Maria, Editora Ave-Maria, 2012. Versão Kindle, Posição 54072.

O Amor é Maior do Que a Lei

“O amor é maior do que a lei; ele é o vínculo entre o coração do devoto e o coração incondicional de Deus. A lei se baseia na justiça impessoal ponderada segundo o princípio de causa e efeito; mas o amor considera Deus como nosso Pai-Mãe de misericórdia cujo ilimitado perdão está sempre presente, quer se tenha ou não cumprido totalmente a lei.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 101.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Medida da Manifestação Divina

“Embora a luz da misericórdia divina brilhe do mesmo modo sobre bons e maus, e a chuva de Seus benéficos poderes se derrame similarmente sobre justos e injustos, isso não significa que os bons e os maus sejam capazes de refletir em igual medida a infinita graça de Deus. O carvão não pode refletir a mesma quantidade de luz solar que o diamante. De maneira semelhante, as mentalidades obscuras não refletem Deus assim como o fazem as mentalidades virtuosas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 532.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

O Pensamento é Ação em Si

“Tendo falado de modo geral das leis eternas que governam a criação de Deus e de como sua observância é necessária para que se alcance o reino dos céus, Jesus ilustra (nos versículos 21 a 48) adaptações específicas – maneiras de cumprir o espírito de justiça natural dessas leis.

Os homicidas não apenas se contrapõem à lei universal da criação divina, mas privam suas vítimas da legítima oportunidade de esgotar independentemente seu próprio karma – impossibilitando o progresso desses indivíduos em sua existência atual.

Jesus assinalou que, à luz da justiça natural, o mal reside não apenas em atos homicidas, mas também em pensamentos e emoções de ira que dão origem a esses atos.

(…)

A ira, quer se origine de uma causa real ou de uma percepção imaginária, pode provocar uma pessoa a ponto de impeli-la à violência. Em casos de ira extrema, as pessoas podem mentalmente desejar a morte de seus inimigos.

Desse modo, a fim de cumprir a lei “Não matarás”, Jesus disse que não apenas o ato, mas também todos os pensamentos, as palavras e ações relacionados com o fato de matar devem ser estrita mente evitados.

(…)

O pensamento, precursor da ação, é em si mesmo uma ação num plano mais sutil.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 510-512.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Leis Universais (dharma)

As leis universais (dharma) que sustentam a manifestação objetiva da criação emanam dessa Inteligência Divina que tudo governa. É por isso que Jesus declarou: “Eu vos digo que seria mais fácil que os universos causal, astral e físico – ‘o céu e a terra‘ -, cuja vastidão é inconcebível, se dissolvessem no vazio do que a mais diminuta porção da lei divina deixasse de demonstrar sua realidade”.

(…) Jesus sabia que todas as manifestações celestiais e terrenas têm um só propósito: tornar visível a Perfeição Invisível por meio da expressão ativa das leis divinas da justiça.

(…)

As leis divinas são os padrões que a presença de Deus imprime na matriz da criação. O homem constrói uma vida em harmonia com Deus na medida em que age de acordo com o código de justiça.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 506-508.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.