A Ressurreição do Corpo e da Alma

“Portanto, ressurreição não significa apenas a ressurreição do corpo, mas a ascensão da alma dos três confinamentos corporais para viver eternamente em unidade com o Espírito que se manifesta como o universo inteiro. Quando após a morte Jesus neutralizou a atuação dos três gunas e destruiu todas as sementes cármicas resultantes das ações de causa e efeito de sua encarnação, ele ascendeu dos três corpos diretamente ao seio de Deus. Ele então possuía um poder semelhante ao do próprio Deus. Nesse estado supremo, Jesus podia usar de novo o seu corpo ou descartá-lo à vontade.” 

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 430.

Libertação da Alma

Derrubai este templo, e em três dias o levantarei. (…) Ele falava do templo do seu corpo.” (João 2:19-21.)  “Em três dias” significa “em três etapas”. Jesus não estava enfatizando literalmente as vinte e quatro horas de cada dia, mas se referia às três fases de manifestação requeridas para libertar sua alma:

  • primeiro, do plano físico ao astral; então, 
  • do plano astral ao causal ou espiritual; 
  • e posteriormente, do plano causal à completa absorção na Consciência Cósmica do Pai.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 424.

Adorar a Deus no Templo de Si Mesmo

“O “próximo” do homem é a manifestação de seu Eu maior ou Deus. A alma é um reflexo do Espírito, reflexo que está em cada ser e na vida vibratória de todo o cenário cósmico animado e inanimado.

(…)

Quando a imanência divina penetra a compreensão do homem, ela o desperta para seu dever e privilégio de adorar a Deus no templo de si mesmo (por meio da meditação) e no templo de todos os seres e coisas do universo (por meio do amor ao próximo, na intimidade de seu lar cósmico).

(…) e a ideia de “mundo” é em si um conceito muito remoto e abstrato.

A maioria das pessoas vive entre as estreitas muralhas do egoísmo, jamais sentindo o pulsar da vida universal de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 507-508.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Consciência, Existência e Bem-Aventurança

“O reino” é a transcendente e imanente Consciência Cósmica do Deus-Pai que tudo abarca, a Inteligência Infinita que constitui a única Realidade de toda a manifestação. “O poder” é a onipotência da vontade divina. E qual é a maior “glória” de Deus senão o Seu amor? Assim, temos a inteligência pura de Deus, a vontade pura de Deus e o amor puro de Deus – o reino, o poder e a glória, todos pertencentes a Deus. A mente racional não pode conceber Deus como o Absoluto Sem Nome, mas o homem pode compreender o conceito da tríplice natureza de Deus: consciência, existência e amor divino ou bem-aventurança.

1. Consciência: a Onisciência que tudo permeia;

2. Existência: a vontade cósmica que se expressa como a objetivação da vida e de toda manifestação;

3. Bem-aventurança (amor divino): o amor que alcançou a perfeição é bem-aventurança. Bem-aventurança, amor e beleza estes termos se complementam como sinônimos. A beleza é a manifestação harmoniosa do amor; a perfeição do amor é bem-aventurança.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 532.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Jogo de Forças Entre o Bem e o Mal

“Muito mais do que apenas um nobre ideal, o princípio do amor é, na verdade, a própria manifestação de Deus em Sua criação. O universo é preservado por um jogo de forças entre o bem e o mal. O efeito do mal, ou ilusão, é dividir, obscurecer e criar desarmonia. O amor é o poder de atração do Espírito que une e harmoniza.

(…)

Perceber Deus igualmente nos amigos e inimigos é um testemunho da própria realização espiritual.

(…)

Não é necessário conviver com os inimigos. Muitas vezes é preferível amá-los à distância, a menos que, mediante gestos de bondade no relacionamento, nosso amor possa efetuar uma transformação na quelas pessoas.

(…)

As ações falam mais alto do que as palavras. Foi por isso que Jesus disse: “Fazei bem aos que vos odeiam“.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 528-530.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Leis Universais (dharma)

As leis universais (dharma) que sustentam a manifestação objetiva da criação emanam dessa Inteligência Divina que tudo governa. É por isso que Jesus declarou: “Eu vos digo que seria mais fácil que os universos causal, astral e físico – ‘o céu e a terra‘ -, cuja vastidão é inconcebível, se dissolvessem no vazio do que a mais diminuta porção da lei divina deixasse de demonstrar sua realidade”.

(…) Jesus sabia que todas as manifestações celestiais e terrenas têm um só propósito: tornar visível a Perfeição Invisível por meio da expressão ativa das leis divinas da justiça.

(…)

As leis divinas são os padrões que a presença de Deus imprime na matriz da criação. O homem constrói uma vida em harmonia com Deus na medida em que age de acordo com o código de justiça.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 506-508.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Consciência Crística e Sua Justiça

“Todos os fenômenos, tanto na terra quanto no céu, são manifestações inconcebivelmente numerosas de um único Númeno ou Substancia divina. Essa Essência subjacente, que conecta todas as coisas numa unidade cósmica, é a verdade, a Realidade, Deus refletido na criação como a Inteligência Crística. A Verdade da criação, sua essencial divindade ou bondade – até então oculta pelo disfarce macabro de maya – é revelada por aqueles que, como Jesus, manifestam a Consciência Crística e Sua justiça.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 506.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Minhas Palavras Não Hão de Passar

“Assim como a Inteligência Crística é o Princípio Eterno que governa todas as manifestações da criação, os preceitos da vida espiritual expostos pelo Cristo em Jesus são também intemporais, estendendo-se desde as gerações bíblicas até o futuro oculto: “O céu e a terra passarão“, ele declarou, “mas minhas palavras não hão de passar“.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 505.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Estado de Bem-aventurança Meditativa

O celestial estado de bem-aventurança meditativa experimentado nesta vida é um antegozo da alegria sempre-nova sentida pela alma imortalizada no estado após a morte. A alma leva consigo essa alegria às sublimes regiões astrais de A bem-aventurança e beleza celestial, onde as flores vitatrônicas fazem beleza celestiais do desabrochar suas pétalas iridescentes no jardim do éter e onde o clima, a atmosfera, o alimento e os habitantes são feitos de diferentes vibrações de luz multicolorida – um reino de manifestações refinadas que estão, mais do que as rudes imperfeições da Terra, em harmonia com a essência da alma.

Pessoas virtuosas que resistem às tentações na Terra mas não reino astral se libertam totalmente da ilusão – são recompensadas após a morte com um descanso revigorante nesse reino astral, entre os numerosos semianjos e almas semirredimidas que levam uma vida muito superior àquela na Terra. Lá, elas desfrutam dos resultados de seu bom karma astral por um período carmicamente predeterminado; passado esse tempo, seu karma terreno remanescente as atrai de volta à reencar nação em um corpo físico. Seu “grande galardão” no céu astral as capacita a manifestar à vontade condições desejáveis, lidando inteiramente com vibrações e energia, e não com as propriedades fixas das substâncias sólidas, líquidas e gasosas encontradas durante sua jor nada terrena. No céu astral, todos os móveis, propriedades, condições climáticas e de transporte estão sujeitos ao poder de vontade dos seres astrais, que são capazes de materializar, manipular e desmaterializar a substância vitatrônica desse mundo mais sutil de acordo com sua preferência.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 495-496.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Espírito Transcendente

“O elo entre o manifestado e o Não-manifestado é o Espírito Santo, a Vibração Sagrada de Om; e o modo de cruzar esta ponte é pela comunhão com essa Vibração do Espírito Santo. No êxtase espiritual, aquele que medita percebe a vibração individual de sua vida e de todas as vidas emanando do Espírito Santo cósmico, no qual está inerente a Inteligência Crística, refletida do Pai- a qual, por sua vez, eleva a consciência ao Espírito transcendente.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 341-342.

Capítulo 18: Adorar a Deus “Em Espíto e em verdade”. A Mulher de Samaria, Parte II.