Referência à Cristo na Bíblia

“(…) cada orbe tem o seu Logos ou Cristo planetário, soja a Terra, Marte, Júpiter, Saturno ou Vênus. De acordo com a graduação espiritual de suas humanidades, também há maior ou menor absorvência da aura do seu Cristo, o que, às vezes, è assinalado com acerto pelos astrólogos, no estudo de suas cartas zodiacais coletivas. Quanto mais evoluída é a humanidade de um orbe, ela também é mais sensível ou receptível à vibração espiritual do seu Arcanjo sente mais intimamente a sua influência benfeitora e pende para as realizações superiores.

(…)

Quando chega a época de “Fim de Tempo”, ou de limpeza astralina de um orbe, então emigram os espíritos trevosos e rebeldes que lhes infestam a aura e reduzem a frequência vibratória da luz crística provinda do interior. Depois de afastados da aura do orbe higienizado, é obvio que este também se mostra menos denso na sua contextura astralina e por isso aflora maior quantidade de Luz do seu Cristo planetário ao ambiente selecionado.

(…)

Em consequência, o divino Logos ou Cristo já atuou através de Moisés, Krishna, Isaías, Zaratrusta, Zoroastro. Buda, Maomé, Confúcio, Fo-Hi, Anfión, Numu e muitos outros instrumentos humanos. Mas Jesus foi o mais fiel interprete do Cristo planetário, na Terra; ao completar 30 anos de idade física, quando lhe baixa sobre a cabeça a pomba simbólica do Espírito Santo, durante o batismo efetuado por João Batista, Jesus passou a viver, minuto a minuto, as fases messiânicas do plano espiritual, traçado pelo seu elevado mentor, o Cristo ou Arcanjo do orbe.’

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 73-74.

Auxílio na Mudança de Vibração

“Despediu-se dele e colocou-se em oração, confiando-se à influência de Teonília, que lhe seguia os passos, qual se lhe fora abnegado nume protetor. Sem conseguir explicar a si mesma a serenidade balsâmica que lhe tomou gradativamente a alma, aquietou-se entre a fé e a paciência, na certeza de que não lhe faltaria o amparo do Plano Superior. Longe de perceber a ternura de que era objeto, por parte da devotada amiga, recebia-lhe os apelos confortadores em forma de sublimes pensamentos de esperança e de paz.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 21.

A Mediunidade a Serviço do Bem

“– Em todos os processos de nosso intercâmbio com os encarnados, desde a mediunidade torturada à mediunidade gloriosa, a prece é abençoada luz, assimilando correntes superiores de força mental que nos auxiliam no resgate ou na ascensão. 

(…)

– Como acontece a milhões de pessoas – disse o orientador –, ela detém consigo recursos medianímicos apreciáveis, que podem ser inclinados para o bem ou para o mal, competindo-lhe a obrigação de construir dentro de si mesma a fortaleza de conhecimento e vigilância, na qual possa desfrutar, em pensamento, as companhias espirituais que mais lhe convenham à felicidade.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 20.

Acalento ao Coração

“A essa altura, Anésia abriu precioso livro de meditações evangélicas, acreditando agir ao acaso, mas o tema, em verdade, foi escolhido por Teonília, que lhe vigiava, bondosa, os movimentos.

Com surpresa, a dona da casa notou que o texto se reportava à necessidade do trabalho e do perdão.

Dócil, correspondendo à influenciação da mentora espiritual, a esposa de Jovino começou a falar sabiamente sobre os impositivos do serviço e da tolerância construtiva, em favor da edificação justa do bem.

A voz dela, fluente e suave, transmitia, sem que ela mesma percebesse, o pensamento de Teonília que, com isso, buscava socorrer-lhe o coração atormentado.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 20.

Refazimento Mental

“– Anotemos o caso desta pobre mãe desarvorada.
O filho suicidou-se, há meses, e ainda não consegue forrar-se à flagelação Intima. Em sua devoção afetiva, reclama-lhe a manifestação pessoal sem saber o que pede, porque a chocante posição do rapaz constituir-lhe-ia pavoroso martírio. Não poderá, desse modo, recolher-lhe a palavra direta, entretanto, ao contacto do trabalho espiritual que aqui se processa, incorporará energias novas para refazer-se gradualmente.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Cada Qual com Seu Aprendizado

“– Semelhante atitude, porém – acentuou o orientador –, decorre de antiga viciação mental no Planeta. Para maior clareza do assunto, rememoremos a exemplificação do Divino Mestre. Jesus, o Governador Espiritual do Mundo, auxiliou a doentes e aflitos, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito. Zaqueu, o rico prestigiado pela visita que lhe foi feita, sentiu-se constrangido a modificar a sua conduta. Maria de Magdala, que lhe recebeu carinhosa atenção, não ficou livre do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação interior. Lázaro, reerguido das trevas do sepulcro, não foi exonerado da obrigação de aceitar, mais tarde, o desafio da morte. Paulo de Tarso foi por Ele distinguido com um apelo pessoal, às portas de Damasco, entretanto, por isso, o apóstolo não obteve dispensa dos sacrifícios que lhe cabiam no desempenho da nova missão. Segundo reconhecemos, seria ilógico aguardar dos desencarnados a liquidação total das lutas humanas. Isso significaria furtar o trabalho que corresponde ao sustento do servidor, ou subtrair a lição ao aluno necessitado de luz.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Segurança e Ordem no Serviço do Bem

“Gabriel, de olhos percucientes e lúcidos, a tudo presidia com firmeza

Nenhuma ocorrência, por mínima que fosse, lhe escapava à percepção.

Aqui, a um leve sinal seu, entidades escarnecedoras eram exortadas à renovação de atitude, ali, socorriam-se doentes que ele indicava com silencioso gesto de recomendação.

Era o pulso de comando, forte e seguro, sustentando a harmonia e a ordem, na exaltação do trabalho.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Vontade do Espírito

“(…) Em qualquer cometimento, não seria lícito desvalorizar a liberdade de ação (…) Os orientadores da Espiritualidade procuram companheiros, não escravos. O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à carga, mas sim um irmão da Humanidade e um aspirante à sabedoria. Deve trabalhar e estudar por amor… É por isso que muitos começam a jornada e recuam. Livres para decidir quanto ao próprio destino, muitas vezes preferem estagiar com indesejáveis companhias, (…) dão ouvidos a elementos corruptores (…) tropeçam e se estiram na cupidez, na preguiça, no personalismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em joguetes dos adversários da luz, que lhes vampirizam as forças, aniquilando-lhes as melhores possibilidades. Isso é da experiência de todos os tempos e de todos os dias…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 16.

Pentecostes

“ Teto, paredes e objetos de uso corriqueiro revelavam-se formados de correntes de força, a emitirem baça claridade.

“(…) Detive-me na contemplação dos companheiros encarnados que agora apareciam mais estreitamente associados entre si, pelos vastos círculos radiantes que lhes nimbavam as cabeças de opalino esplendor.”

“Tive a impressão de fixar, em torno do apagado bloco de massa semiobscura a que se reduzira a mesa, uma coroa de luz solar, formada por dez pontos característicos, salientando-se no centro de cada um deles o semblante espiritual dos amigos em oração.”

“Desse colar de focos dourados alongava-se extensa faixa de luz violeta, que parecia contida numa outra faixa de luz alaranjada, a espraiar-se em tonalidades diversas que, de momento, não pude identificar, uma vez que a minha atenção estava presa ao círculo dos rostos fulgurantes, visivelmente unidos entre si, a maneira de dez pequeninos sóis, imanados uns aos outros. Reparei que sobre cada um deles se ostentava uma auréola de raios quase verticais, fulgentes e móveis, quais se fossem diminutas antenas de ouro fumegante.”

“Sobre essas coroas que se particularizavam, de companheiro companheiro, caíam do alto abundantes jorros de luminosidade estelar que, tocando as cabeças ali irmanadas, pareciam suaves correntes de força a se transformarem em pétalas microscópicas, que se acendiam e apagavam, em miríades de formas delicadas e caprichosas, gravitando, por momentos, ao redor do cérebro em que se produziam, quais satélites de vida breve em torno das fontes vitais que eles davam origens.”

“Custodiando a assembleia, permaneciam os mentores espirituais presentes, cada qual irradiando a luz que ele era própria.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 19-26.

Encontro com o Mentor

“Para aqueles que não recusam o chamado, o primeiro encontro da jornada do herói se dá com uma figura protetora (que, com frequência, é uma anciã ou um ancião), que fornece ao aventureiro amuletos que o protejam contra as forças titânicas com que ele está prestes a deparar-se.

(…) Essa figura representa o poder benigno e protetor do destino. A fantasia é uma garantia –  uma promessa de que a paz do Paraíso, conhecida pela primeira vez no interior do útero materno, não se perderá, de que ela suporta o presente e está no futuro e no passado (…)

(…) Tendo respondido ao seu próprio chamado, e prosseguido corajosamente conforme se desenrolam as consequências, o herói encontra todas as forças do inconsciente do seu lado”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 74-76.