“Correspondência Astrológica: Aquário.
A Golden Dawn identificou esta carta com o signo de Aquário, de modo que ela se torna a carta da Nova Era, ou Aeon.
(…) à Rainha do Céu, um título que os cristãos dão a Virgem Maria, mas que remonta também a uma série de deusas, como a Ishtar babilónica, a Astarte hebraica e a Afrodite grega. A palavra inglesa “star” – “estrela” provavelmente deriva de Ishtar/Astarte. Istahar, na história dos anjos caidos – veja as seções do Enforcado, do Diabo e da Torre é uma versão de Ishtar. To- das essas figuras, todas essas Rainhas do Céu, referem-se a essa bela luz, mais brilhante até que o sol e a lua, embora mais suave e até sensual, em conexão cum o planeta Venus. É a estrela da manhã. E no tarot, o termo lembra A Imperatriz, no topo da terceira triade, com A Estrela na parte inferior.
Quando nós mesmos perdemos a compreensão de que somos parte do divino, que de fato não existe separação entre o Acima e o Abaixo, nos lançamos na escuridão e às vezes nos entregamos ao desespero, como se acreditássemos que estamos condenados ao aprisionamento. A Torre nos liberta com suas revelações; mas é a Estrela que nos devolve a nós mesmos.
Astronomicamente, o Diabo significa a época do ano em que Vênus-o planeta, mas também a deusa do amor está ausente do céu. Quando ele ela tetorna na Estrela, porém, traz junto de si esperança e restauração. Nós não escapamos do Diabo, ou o destruímos, mas liberamos sua luz.
Alguns intérpretes de tarot a vdes aceitam a definição durela cuja aparição todos os anos con dia com a inundação do Nilo, evento natural que tornou possivel a videm país desértico do Egito. Tanto Venus quanto Sirius desaparecem – pende tena escuridão digite. Tanto Venus voltam, de modo que ambos simbolie zam esperança e renovação. Outra candidata a essa associação conte a Estrela de Belém (…)
(…)ele próprio outro simbolo de esperança e salvação. A Estrela dos Magn brilhou no início do antigo Aeon, a Era de Peixes. O novo Aeon pertene Aquário, a carta da Estrela.
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A Estrela dos Magos: Esperança. No mundo divino, Imortalidade; no mundo intelectual, a Luz Interior que ilumina o Espirito; no mundo físico, Esperança.
A Estrela. Esperança, expectativa, promessas brilhantes.
(…)”mentes preparadas” a verão como “Verdade revelada e gloriosa”
Se pensarmos na Torre como uma situação extrema que abre ou revela o que estava reprimido ou em sofrimento, depois dela viria então a paz, uma sensação de se estar purificado, liberado, não mais retendo qualquer coisa de negativa ou dolorosa. Em suma, ter esperança.
(…)
Isis/Sirius traz regeneração através da inundação do Nilo. Na versão Rider é Ísis quem se senta diante do templo velado da Sacerdotisa. É ela quem traz Osiris de volta dos mortos para que ele, como Perséfone e Cristo, possa trilhar o caminho para longe da morte, ou através dela, em direção a uma nova vida. Um pequeno e estranho pássaro aparece na Estrela do deck de Marselha e em muitas versões posteriores. A tradição o vé como um íbis, o pássaro sagrado de Thoth.
A terceira triade dos Arcanos Maiores contém A Imperatriz, A Roda da Fortuna e A Estrela. A Imperatriz encarna Vénus e Deméter. Duas cartas abaixo, vemos a filha de Deméter, Perséfone, embora possamos identificar a própria Estrela com Vênus. No meio, A Roda da Fortuna significa a virada do ano, incluindo a Estação da Serpente, quando Perséfone desce para a es- curidão, e a temporada de seu retorno, quando a terra sombria mais uma vez ganha vida, repleta de esperança e vida renovada.
A Estrela real na carta em geral tem oito pontas oito duplas na versão de Marselha mostrada acima, numa evocação da bússola e, por extensão, adicionando outra candidata à estrela correlata: Polaris, a Estrela do Norte. Como Polaris brilha acima do Polo Norte, ela nunca se move, e por isso as pessoas a usaram como ponto focal de navegação por séculos e séculos. Para os pagãos modernos e wiccanos, porém, a estrela de oito pontas evoca os oi- to sabás, ou festividades sazonais. Os oito pontos também lembram A Roda da Fortuna, a carta do meio dessa tríade.
Outro significado para os oito pontos: os gregos e outros povos propuseram um problema matemático chamado “quadrado do círculo”. Isso significa va criar um quadrado com a mesma área interna de um círculo. Um quadrado representa o mundo material, com suas quatro direções e quatro pontos solares do ano – para uma lista de todos os arranjos de quatro em nosso universo físico, veja a carta 4, O Imperador, e a introdução aos Arcanos Menores. Um círculo representa os céus, pois os únicos círculos que encontramos em nossa experiencia são o sol, a lua cheia e a pupila do olho, que nos permite olhar para cima e admirar o céu. Assim, a quadratura do círculo significaria literal e materialmente unir o Céu e a Terra.
Se pi não entra em jogo para encontrar a área de um quadrado, eles nunca podem ser reconciliados. Em outros termos, não podemos criar uma réplica perfeita do mundo espiritual no fisico. Mas talvez possamos encontrar uma imagem do meio-termo, um ponto intermediário entre uma dimensão e outra. Uma figura de oito lados, um octogono, cumpre essa ideia, como se um quadrado tivesse se transformado em um círculo.
Uma estrela de oito pontas, com sua evocação de luz celestial brilhando como uma dádiva eterna, sugere a presença constante do espírito dentro de vidas comuns.
(…) a Estrela derramando suas águas fornece-nos uma poderosa imagem de cura.
Na Temperança, o anjo passa a água de uma taça para outra. A Estrela não retém nada, ajoelhando-se graciosa em vez de ficar de pé. E ela é essencialmente humana, nada idealizada, pois se desejamos nos transformar, devemos fazê-lo através do corpo e da mente.
Ela também pode significar uma atitude relaxada e aberta, de alegria e alivio.
(…)pode significar um momento em que alguém começa a brilhar.”
POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág.245-253.