A Morte

“A Morte: 13

Correspondência Astrológica: Escorpião.

(…) significa o fim de algo, com a chance de algo novo surgir”.

(…) um novo nascimento, criação e destruição.

O Filho dos Grandes Reformadores(…) Morte, tempo, transformação, mudança, às vezes destruição (…) força transformadora.

Lévi introduz a ideia de um “novo nascimento”(…) “transformação”.

Todos tememos a morte, todos resistimos a ela no fundo de nosta psiques. Nossas próprias células querem viver. Nunca subestime o quão ins rintivamente lutamos contra a morte. Podemos entender isso em termos evolutivos. Os primeiros humanos que não temiam a morte provavelmen te foram mortos antes de terem a chance de se reproduzir e transmitir esses genes destemidos e corajosos. Aqueles com um profundo mede da morte a evitavam por tempo suficiente para terem filhos. E, no entanto, se queremos crescer, sobretudo espiritualmente, chega um momento en que devemos superar esse medo arraigado em nossa mente e em nossos genes. Por um lado, todos vamos morrer mais cedo ou mais tarde. Thalassa organizadora do Bay Area Tarot Symposium, ri quando le sobre a “taxa de mortalidade” subindo ou descendo. “A taxa de mortalidade é a mesma de sempre”, diz ela, “uma por pessoa.”

Mas por que será que o número treze, sobretudo a sexta-feira 13, se tornou sinônimo de má sorte?

Além disso, também leve em conta que há doze signos no zodiaco-e doze deuses no Monte Olimpo, o que faz do treze uma ruptura com o universo ordenado e conhecido. E o que pode estar além dos doze signos? Morte.

(…) sexta-feira, 13 de outubro de 1307. Nesse dia, a igreja e o rei da França condenaram a morte os Cavaleiros Templários e prenderam seu líder, Jacques de Molay.

Mas treze também aponta para algo mais profundo. Um ciclo lunar dura aproximadamente 28, 29 dias que é também a duração do ciclo menstrual da maioria das mulheres. Isso resulta em treze meses em um ano, em vez de doze. Treze, portanto, significa mistérios lunares, loucura, o feminino.

A Morte está posicionada no meio do que é possivelmente a triade mais poderosa dos Arcanos Maiores, formada pelas cartas dos Amantes, da Morte e do Julgamento. Eis a grande história: amor, morte e ressurreição.

A Torá, os cinco livros de Moisés, notavelmente não contém nenhum conceito de vida após a morte. (…) Além disso, não podemos escapar da morte, assim como não podemos fugir do medo dela, o que faz com que os rituais dos Mistérios e as iniciações tribais confrontem seus candidatos com a morte para que possam “morrer antes de morrer” e descobrir seus Eus infindos. A Temperança, a carta que vem logo depois da Morte, nos di unive são desse Eu eterno através da imagem de um anjo sereno.

Waite mudou radicalmente a imagem, de modo que vemos a Morte como um cavaleiro de armadura escura carregando uma bandeira de rosa branca, símbolo da tradição dos Mistérios Rosacruzes. Quatro pessoas confrontam a figura: Um rei, simbolo do ego orgulhoso e resistente, jaz morto, um bispo, que permanece resoluto em sua oração, sustentado pela doutrina e pela fé, uma donzela, que lhe vira o rosto, pois na adolescência nos tornamos autoconscientes e nosso ego começa a temer sua destruição; e por fim, uma criança, simbolo de abertura, que saúda a Morte com flores em vez de medo.”

POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág.197-205.

Não chegará nada novo

“No mundo que está por vir, tudo será como agora, não chegará nada novo, apenas um pouco diferente. Permanece obscuro o que esse “pouco diferente” deve significar. Poderia ser que as coisas no mundo por vir se relacionariam umas com as outras de modo inteiramente diferente, que adentrariam em uma nova relação? Um fragmento de Novalis pode ser lido como aquela parábola do rabino cabalista: “No mundo futuro, tudo é como no mundo de outrora – e, todavia, inteiramente diferente”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1722.

A sociedade que vem