Fontes de escrita

“(…) o segundo método de explicação consiste em opor a parte superior da figura à parte inferior, a direita à esquerda, a fim de obter o esclarecimento necessário para a explicação.

(…)

Todos os povos que escrevem como os chineses, ou seja, do céu para a terra, têm origem muito próxima das fontes mais primitivas (os chineses são o único povo que ainda possui escrita ideográfica).

Todos os povos que escrevem como os hebreus, do Oriente para o Ocidente, receberam seus conhecimentos de uma fonte oriental.

Por fim, todos os povos que escrevem como o sânscrito, do Ocidente para o Oriente, receberam seu conhecimento dos primitivos santuários metropolitanos do Ocidente, sobretudo dos druidas.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.131.

Capítulo 6

Astrologia e tarô

“O primado da astrologia no Ocidente se explica pelo fato de que os teólogos raramente se pronunciam contra ela. Enquanto Tomás de Aquino e muitos pregadores condenavam as práticas divinatórias, argumentando que elas tentariam substituir Deus, o único a poder conhecer o futuro, e que não se pode querer evitar o próprio destino subtraindo-se à vontade divina, os astrólogos raгаmente eram perturbados pela Inquisição. O franciscano Roger Bacon (cerca de 1220-1292) chegava a recomendar o recurso à astrologia na luta contra a ameaça turca. Sabemos que o rei Carlos V adorava essa disciplina e que uma ampla proporção de sua biblioteca era constituída por livros de astrologia, astronomia e adivinhação. Seu uso era visto como legítimo, segundo o adágio de Gregório, o Grande (papa e doutor da Igreja), para quem “as flechas que prevemos doem menos”. Mesmo o recalcitrante Tomás de Aquino foi obrigado a admitir que os astros inclinam, mas não determinam”. A astrologia chega a ser reconhecida como uma prática “científica” e tem seu lugar entre as artes liberais. Esse reconhecimento vem da convicção de que há uma ordem hierárquica de todas as coisas a partir dos céus: os céus que governam o mundo executam os planos da Providência divina à maneira dos servidores que obedecem à vontade do príncipe. Essa ideia, proveniente de Aristóteles e de seus exegetas árabes, foi retomada no Ocidente a partir do século XIII e amplamente difundida – de resto, a astrologia tal como a conhecemos foi elaborada pelos gregos e transmitida no Ocidente pelos árabes. O zodíaco ainda usado atualmente teria sido elaborado na Grécia entre os séculos V e II a. C. 123 Também foram os gregos a elaborar as 12 casas. Sete astros e planetas percorriam então o zodíaco de acordo com a seguinte hierarquia: Saturno influía sobre os lugares e os tempos universais; Júpiter, sobre os anos; Marte, o Sol, Vênus e Mercúrio, sobre os meses; e a Lua, sobre os dias.”

NADOLNY, Isabelle. História do TarôUm estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 134.

Não há cartas sem papel e sem gravura!

“Inventado na China por volta do século II de nossa era e difundido entre os árabes, depois na Espanha mourisca, o papel chegou ao Ocidente no século XII, inicialmente na Espanha. Cita-se 1276 como data do surgimento dos primeiros moinhos de papel na Itália. Por volta de 1250, os cruzados franceses teriam construído moinhos em Auvergne.”

NADOLNY, Isabelle. História do Tarô. Um estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 33.

Força Mental

“Os ocidentais precisam entender que a mente é maior que suas invenções.”

(…)

“A mente é a fonte de todas as suas tribulações e de toda a sua felicidade. Você é mais forte do que tudo aquilo que enfrenta.”

(…)

“A mente é o poder que cria seu corpo; se ela for fraca, seu corpo se enfraquecerá.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 500-508.

Iniciação e Batismo

A palavra “iniciação” (em sânscrito, diksha), segundo se utiliza na Índia, tem o mesmo significado do termo “batismo” adotado no Ocidente. A iniciação por um guru corresponde à consagração interior do discípulo ao caminho espiritual que leva do domínio da consciência material ao reino do Espírito. A verdadeira iniciação, como demonstrado, é o batismo pelo Espírito. (…) Todo aquele que possa ver a corrente vital do olho espiritual transformando e espiritualizando as células cerebrais e a própria composição da mente do iniciado é alguém que batiza com o Espírito Santo. (…) uma alma de elevada estatura espiritual pode transfe parte da experiência de sua própria consciência divina àqueles que sejam receptivos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 126.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Libertação do Cristo Ocidental

“Sois deuses”*.

“Em 1932. Dr. W. Y. Evans-Wentz, escritor renomado e especialista em religiões comparadas da Universidade de Oxford, escreveu:

(…)

“Restou para esta geração de filhos iluminados da Índia libertar o Cristo nascido no Oriente da prisão em que as teologias do Ocidente o mantiveram ao longo dos séculos; e proclamar novamente, como ele o fez, a mensagem antiga, porém sempre  renovada, de renúncia ao mundano e de altruísmo, revelando o Caminho Unico que conduz à Autorrealização, à libertação e à vitória sobre o mundo, que todos os fundadores das grandes religiões históricas da humanidade trilharam e revelaram (…).”

* Nota: João 10:34.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 105.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Realidade Única

“Os serviços religiosos da comunidade ocidental são maravilhosos quando direcionam a mente para Deus e para a verdade, mas são insuficientes se lhes falta a prática da meditação e o conhecimento dos métodos para a autêntica comunhão com Deus. Por outro lado, o Oriente enfatiza a experiência direta e pessoal de Deus, mas deixa a desejar em termos de organização e obras sociais filantrópicas.

A verdade, em si mesma e por si só, é a “religião” definitiva. (…) Ela tem infinitas manifestações e ramificações, mas uma só consumação: a experiência direta de Deus, a Realidade Única.

(…)

Sem idealismo espiritual, o pragmatismo materialista é o precursor do egoísmo, do pecado, da competição e das guerras. Esta é uma ligação para o Ocidente aprender. E a menos que o idealismo seja temperado com um caráter prático, haverá confusão, sofrimento e ausência de progresso natural. Esta é a lição a ser aprendida pelo Oriente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 104.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Elo Entre Ocidente e o Oriente

Ainda assim, o valor global desses registros é inestimável numa pesquisa sobre o Jesus histórico. Há dois modos de conhecer um avatar. Primeiro, vislumbrando sua essência que brilha através de uma miscelânea de fatos, lendas, distorções inocentes ou propositais; e, por um exame cuidadoso, distinguindo o que é significativo e o que é irrelevante, assim como uma pessoa é reconhecida pelo que ela é, e não por seu vestuário. E, segundo, conhecendo diretamente um mestre por meio da comunhão divina intuitiva com essa alma – assim como muitos conheceram Jesus Cristo ao longo dos séculos, tal como São Francisco de Assis, a quem Jesus aparecia todas as noites em carne e osso, Santa Teresa d’Ávila e muitos outros da religião cristã; e tal como Sri Ramakrishna, um hindu, e também eu, estivemos muitas vezes na presença tangível de Jesus. Jamais teria eu assumido a tarefa de escrever este livro sem a certeza do conhecimento pessoal desse Cristo.

(…) seus ensinamentos, interiormente oriundos de sua realização divina e exteriormente nutridos por seus estudos com os mestres, expressam a universalidade da Consciência Crística que não conhece fronteiras de raça ou credo.

Tal como o sol, que nasce no Oriente e viaja para o Ocidente difundindo seus raios, também Cristo surgiu no Oriente e veio ao Ocidente para ser consagrado em uma vasta cristandade (…) Palestina (…) Esse local era o eixo ligando o Oriente com a Europa.

(…) Esse grande Cristo, irradiando a força e o poder espiritual do Oriente ao Ocidente, é um elo divino a unir os povos que amam a Deus – orientais e ocidentais.

(…) Os puros raios prateados e dourados da luz solar parecem vermelhos ou azuis quando observados através de vidros vermelhos ou azuis. Assim, também, a verdade apenas parece ser diferente quando colorida por uma civilização oriental ou ocidental.

(…)

Jesus foi um oriental – de nascimento, família e educação. Separar um mestre do contexto de sua nacionalidade significa nublar o entendimento por meio do qual ele é percebido.  

(…) Elaine Pagels, Ph.D – The Gnostic Gospel”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 99-101.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Índia

Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia

Antigos registros de um mosteiro tibetano;

Viagem de Jesus à Índia, o berço da religião;

Ciclos de progresso e decadência na manifestação exterior da religião;

Todas as crônicas sobre a vida de Jesus foram tingidas pela perspectiva cultural de seus autores;

Os ensinamentos do Jesus oriental foram demasiadamente ocidentalizados;

Cristianismo oriental e ocidental: os ensinamentos internos e externos;

A verdade é a religião definitiva: afiliação sectária tem pouco significado;

Jesus conhecia seu destino divino e foi para a Índia a fim de prerar-se para cumpri-lo (…) pois a India especializou-se na religião desde tempos imemoriais.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 89.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

A Mente Ocidental e a Oriental

“Em outras palavras, dedicam muito tempo ao significado literal das palavras e à interpretação material dos princípios do cristianismo, o que significa uma negligência quase total quanto ao misticismo puro, o qual torna possível uma compreensão real ou espiritual do cristianismo, tal como era originalmente.”

(…)

“Acredito, isto sim, que a falta de capacidade da mente ocidental se deve ao estado adormecido do lado espiritual de nossa natureza e à ausência (a não ser nas várias escolas de metafísica e ocultismo do mundo ocidental) de ensinamentos espirituais que nos preparem adequadamente para compreender coisas que são facilmente compreendidas e aceitas completamente pela mentalidade oriental.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 73.