Emissários Divinos

“Em um universo inescrutável, lidar com uma vida de mistérios não solucionados e insolúveis criado pela onipotência de Deus a partir da essência onisciente de Sua onipresença seria, na verdade, um desafio avassalador para meros mortais, não fosse pelos emissários divinos que vêm à Terra falar com a voz e a autoridade de Deus, para orientação do homem.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 03.

Pensamento e Vida

“Perguntou-nos coração amigo se não possuíamos algum livro no plano espiritual, suscetível de ser adaptado às necessidades da Terra.

Algumas páginas que falassem, ao espírito, dos problemas do espírito… Algo leve e rápido que condensasse os princípios superiores que nos orientam a rola…

E lembramo-nos, por isso, de singela cartilha falada de que dispomos em nossas tarefas, junto aos companheiros em trânsito para o berço, utilizada em nossas escolas de regeneração, entre a morte e o renascimento.

Anotações humildes que repontam do cérebro como flores que rebentam do solo, sem pertencerem, no fundo, ao jardim que as recolhe, por nascerem da Bondade de Deus que conjuga o Sol e a gleba, a fonte e o ar, o adubo e o vento, para nelas instilar a cor e a forma, a beleza e o perfume…

Eis aqui, portanto, adaptada quanto possível ao campo do esforço humano, a nossa cartilha simples.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 7.

Dissolução, Transcendência ou Transmutação

“É assim que se alguém – em qualquer sociedade – assumir por si mesmo a tarefa de fazer a perigosa jornada na escuridão, por meio da descida, intencional ou involuntária, aos tortuosos caminhos do seu próprio labirinto espiritual, logo se verá numa paisagem de figuras simbólicas (podendo qualquer delas devorá-lo), o que não é menos maravilhoso que o selvagem mundo siberiano do pudak e das montanhas sagradas. No vocabulário dos místicos, esse é o segundo estágio do Caminho, o estágio da “purificação do eu”, em que os sentidos são “purificados e tornados humildes” e as energias e interesses, “concentrados em coisas transcendentais”; ou, num vocabulário mais moderno: trata-se do processo de dissolução, transcendência ou transmutação das imagens infantis do nosso passado pessoal. Em nossos sonhos, os perigos, gárgulas, provações, auxiliares secretos e guias ainda são encontrados à noite; e podemos ver refletidos, em suas formas, não apenas todo o quadro da nossa presente situação, como também a indicação daquilo que devemos fazer para ser salvos”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 105.