Carta aos Gálatas

“O motivo da Carta aos Gálatas foi o seguinte: alguns judeus cristãos queriam obrigar os pagãos neoconvertidos a se conformarem à antiga lei religiosa judaica. O apóstolo protesta contra esse particularismo. Nessa Carta (cuja data é controvertida, colocando-a alguns em 48 e outros mais ou menos em 56), ele conta como foi chamado ao apostolado pelo próprio Jesus, e afirma que só há um Evangelho autêntico, aquele que foi anunciado com unanimidade por todos os outros apóstolos (…)”

Bíblia Sagrada Ave-Maria: Edição revista e ampliada. Edição Claretiana Editora Ave-Maria, Editora Ave-Maria, 2012. Versão Kindle, Posição 1219.

Jesus e o Cristo Planetário

“(…) já é tempo de vos afirmar que o Cristo Planetário é uma entidade arcangélica, enquanto Jesus de Nazaré, espírito sublime e angélico, foi o seu médium mais perfeito na Terra. O excessivo apego aos ídolos e às fórmulas religiosas do vosso mundo por cristalizar a crença humana, sob a algema dos dogmas impermeáveis a raciocínios novos e para não chocar o sentimentalismo da tradição. As criaturas estratificam no subconsciente uma crença religiosa, simpática, cômoda ou tradicional e, obviamente, terão de sofrer quando, sob o imperativo do progresso espiritual, têm de substituir sua devoção primitiva e saudosista por outras revelações mais avançadas sobre a Divindade.

(…) correspondendo à assimilação progressiva humana, Deus primeiramente foi devotado pelos homens primitivos através dos fenômenos principais da Natureza, como o trovão, a chuva, o vento, o mar, o Sol. Em seguida, evoluíam para a figura dos múltiplos deusinhos do culto pagão. Mais tarde, as pequenas divindades fundiram-se, convergindo para a ideia unitária de Deus. Na Índia honrava-se Brahma, e Osíris, no Egito; e Júpiter na Olímpia, enquanto os Druidas, no seu culto à Natureza, cultuavam também uma só unidade. Moisés expressa em Jeová a unidade de Deus, embora ainda o fizesse bastante humanizado e temperamental (…) Com o aparecimento de Jesus, a mesma ideia unitária de Deus evoluiu então para um Pai transbordante de Amor e Sabedoria, que pontificava acima das quizílias humanas, embora os homens ainda o considerassem um doador de “graças para os seus simpatizantes e um juiz inexorável para os seus contrários.

(…)

Atualmente, a doutrina espírita ensina que “Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as cousas”, descentralizando a Divindade do antropomorfismo, para ser entendida animando todos os acontecimentos da Vida.

(…) o Cristo é um Arcanjo Planetário e Jesus, o Anjo governador da Terra. O anjo é entidade ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó; mas o arcanjo não pode mais deixar o seu mundo divino e efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos intermediários que lhe facultariam tal possibilidade. Jesus, Espírito ainda passível de atuar nas formas físicas, teve de reconstruir as matrizes perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos, a fim de poder encarnar-se na Terra.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 67-70.

Povos Pagãos em Jerusalém

“A Palestina, e especialmente Jerusalém, eram indubitavelmente pagãs pouco antes da chegada do Mestre Jesus. Embora seja verdade que a religião judaica estivesse bem estabelecida, ela com certeza não abrangia as massas nem era praticada por todos os que ocupavam os mais altos escalões do poder.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 42-43.

Pagão e Gentio

“À medida em que o Cristianismo gradativamente se fortalecia, a Antiga Religião perdia terreno. Na época da Reforma, ela só existia em regiões remotas da área rural. Nessa época, os não cristãos passaram a ser conhecidos como pagãos ou gentios. A palavra “pagão” vem do latim pagani e significa simplesmente “pessoa que mora no campo”. A palavra “gentio” significa “aquele que vive na mata”.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 39.

Deuses e Demônios

“Costuma-se dizer que os deuses de uma antiga religião se tornam os demônios da nova. E esse foi certamente o caso aqui. O Deus da Antiga Religião, era um deus cornífero. Portanto, aparentemente, era o demônio cristão. Aos olhos da Igreja, os pagãos eram obviamente adoradores do Demônio. Esse tipo de raciocínio é usado pela Igreja ainda hoje. (…) Não fazia diferença que as pessoas fossem boas, felizes e muitas vezes vivessem melhor do ponto de vista moral e ético do que a vasta maioria dos cristãos… elas tinham que ser convertidas.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 36.

Conversão em Massa

“Uma tentativa de conversão em massa foi feita pelo Papa Gregório, o Grande. Ele achava que erigir igrejas nos lugares de templos pagãos, onde as pessoas já estavam acostumadas a se reunir, era uma forma de fazer com elas frequentassem as novas igrejas cristãs. (…) Quando as primeiras igrejas cristãs foram construídas, os únicos disponíveis para construí-las eram os próprios pagãos. Ao ornamentar as igrejas, os pedreiros e escultores claramente incorporaram à decoração figuras de suas próprias divindades. Dessa maneira, mesmo sendo obrigadas a ir às igrejas, as pessoas ainda podiam cultuar seus próprios deuses ali.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 34-35.