Decoberta dos Papiros de Naj ‘Hammadi

“Em dezembro de 1945, um camponês árabe fez uma descoberta arqueológica extraordinária no Alto Egito. Os boatos obscureceram as circunstâncias da descoberta – talvez por ela ter sido acidental, e sua venda no mercado negro, ilegal. Por muitos anos, nem mesmo a identidade do camponês foi revelada.(…) a descoberta fora feita próximo à cidade de Naj ‘Hammadi em Jabal al-Tarif, uma montanha com mais de 150 cavernas, de origem natural.

(…)

Ao escavarem em torno de uma grande rocha, encontraram um vaso de cerâmica vermelha de quase l metro de altura. (…) e descobriu trinta papiros encadernados em couro. Voltando para casa em al-Qasr, Muhammad ‘Ali deixou cair os livros e-soltou as folhas de papiro sobre a palha, no chão perto do forno. ‘Umm-Ahmad, mãe de Muhammad ‘Ali, admite ter queimado grande parte dos papiros no forno junto com a palha utilizada para acendê-lo”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XIII- XIV.

Capítulo: Introdução.

Exame de Datação dos Papiros

“O exame de datação dos papiros tornava mais densa a encadernação de couro e os manuscritos coptas, situando-os entre 350-400 d.C. Mas os estudiosos discordam categoricamente sobre a data dos textos originais. É pouco provável que alguns deles sejam posteriores a 120-150 d.C., pois Irineu, o bispo ortodoxo de Lyon, declara por volta de 180 d.C. que hereges “vangloriam-se de possuir mais evangelhos do que realmente existem”, e lamenta que em sua época esses escritos já tenham atingido ampla circulação – da Gália até Roma, Grécia e Ásia Menor.
Quispel e seus colaboradores, os primeiros a publicar o Evangelho de Tomé, sugeriram, para o original, o ano aproximado de 140 d.C.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XVII.

Capítulo: Introdução.